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Estado

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Reunidos em Belém (PA), nesta sexta-feira, 20, os governadores dos estados da Amazônia Legal manifestaram, por meio da Carta de Belém, os compromissos e as preocupações do bloco com a realidade e o futuro social, econômico e ambiental da Região Amazônica. No documento, os governadores reconhecem a importância da região para o equilíbrio do clima do planeta e selam compromisso de promover ações de proteção de suas florestas, da cultura e da biodiversidade.

O governador Marcelo Miranda destacou que a Amazônia Legal é a saída para amenizar o clima no mundo e registrou a importância do consenso do grupo em torno das questões que envolvem a região. “O consenso em torno do que defendemos na 21ª Conferência Internacional do Clima, em Paris, nos fortalecerá ainda mais”, reforçou o governador tocantinense, lembrando que a maior contribuição que o Brasil pode dar para combater o aquecimento global é a redução do desmatamento e que o Tocantins e os demais estados da Amazônia Legal já estão fazendo o dever de casa.

Na Carta de Belém, os governadores sustentam que a preservação da Amazônia está indissociavelmente atrelada à construção de um novo modelo de desenvolvimento que gere emprego, renda e divisas para a região, servindo de base de vida digna para seus 24 milhões de habitantes. Os governadores destacam, ainda na carta, que neste momento de crise fiscal, política e moral, mais do que nunca é preciso rever a relação da União com as demais unidades da Federação, em especial as da Amazônia, sempre tratadas pela lógica de mera fornecedora de insumos o que, historicamente, levou a troca de uma enorme quantidade de bens econômicos e ambientais por pobreza e degradação ecológica.

De acordo com o documento, cerca de 98,5% dos seus municípios estão abaixo da média brasileira no Índice de Progresso Social, sendo que o Brasil ocupa a 46ª colocação no ranking do IPS global. No mesmo sentido, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da Amazônia é metade do PIB per capita nacional.