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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A coordenadora do PRB Mulher do Tocantins, Valquíria Rezende, esteve nessa terça-feira, 8, em Brasília, para participar do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos da Mulher. A solenidade faz parte de uma série de eventos da Câmara e do Senado em comemoração ao Mês da Mulher.

Para a líder republicana, a frente nasceu principalmente da constatação de que as mulheres têm sofrido um retrocesso aos avanços já adquiridos”, afirmou Valquíria. “Esse 8 de março é um marco para dizer que vamos continuar lutando pelos nossos direitos", completou afirmando que entre os objetivos do grupo, composto por 200 parlamentares, o aumento da representatividade da mulher na política e maior vínculo de deputados e senadores com movimentos sociais.

Ela ainda destacou que no Brasil, as mulheres representam menos de 10% dos espaços de poder. “Na Câmara Federal não conseguimos nem passar a cota feminina de ocupação de espaços de 10%, que depois passaria a 12% e 16%, progressivamente. Com isso, o nosso País é o quarto em desigualdade por falta de participação das mulheres nos espaços de poder”, disse.

Valquíria, que é professora e ex-secretária estadual do Trabalho e da Assistência Social, acrescentou a importância da educação para mudar esse cenário de desigualdade. “É pela educação que a gente vai criar mentes saudáveis para o futuro, geração saudável de mente saudável, sem essa cultura de 500 anos que uma mulher é um ser inferior e sem forças para lutar por seus direitos”, ressaltou.

A iniciativa de criação do colegiado partiu da deputada Ana Perugini (PT-SP), diante dos “riscos de retrocesso em conquistas recentes das mulheres”. Como exemplo de propostas em tramitação no Congresso que ameaçam os avanços femininos, ela citou as que modificam regras do registro civil, as que tratam de questões relacionadas a estupro e até as que tentam regulamentar a terceirização no mercado de trabalho, pois, segundo Ana Perugini, violam o pacto social em curso desde a Constituição de 1988.