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Campo

Foto: Manoel Júnior

Com um público de cerca de 300 pessoas, entre empresários de diversas regiões do País, autoridades políticas, técnicos, produtores e estudantes do setor de silvicultura, teve início na manhã desta quinta-feira, 16, o 8º Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia - Madeira 2016. O evento está sendo realizado nesta quinta e sexta-feira, 16 e 17, no auditório do Palácio Araguaia, em Palmas. O objetivo é para debater ideias e realizar ações em benefício do desenvolvimento permanente da indústria madeireira que tem como base as florestas plantadas.

Representando o governador Marcelo Miranda o secretário do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, Clemente Barros, em seu discurso de abertura, agradeceu aos promotores do evento pela escolha do Tocantins como sede para realização do Congresso, o que, sem dúvida elevará o nome do Estado, ainda mais, no cenário do agronegócio brasileiro. O secretario disse que o Tocantins alcançou, em menos de dez anos, uma área de mais de 170 mil hectares de florestas plantadas, destacando o potencial da cultura no estado. “Somente a região do Bico do Papagaio, principal produtora, tem uma área plantada de aproximadamente 45 mil hectares, e já licenciados para o plantio de eucalipto no Estado, aproximadamente 300 mil hectares”.

Clemente Barros fez projeções dos benefícios advindos do setor brasileiro de árvores plantadas, citando números que indicam a força do Brasil neste segmento e de como a cultura pode ajudar na preservação de matas nativas. “O setor de florestas plantadas é responsável por 91%de toda a madeira produzida para fins industriais no país e, cada hectare de floresta plantada de rápido crescimento ajuda a preservar cerca de 10 hectares de matas nativas”.

O secretário deu ênfase também para a contribuição dos produtos. “Os produtos florestais contribuem com US$ 17,5 bilhões, ao ano, do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, gerando US$ 3,8 bilhões em impostos”, defendeu ainda a cultura como geradora de renda e mantenedora de empregos no campo, fixando as famílias na área rural. “Estima-se que, ao ano, no Brasil são mantidos de forma direta e indireta quatro milhões de  pessoas, resultantes do efeito renda da atividade florestal”.

Mercado

O produtor de mudas para cultivo de florestas plantadas, do município de Miracema do Tocantins, Celso Trindade, acredita que o congresso pode ajudar a restabelecer o mercado. “Produzo bastante mudas e espero que melhore o mercado e atraindo empresas e aumentando a demanda para meus produtos”, afirmou.

Para o engenheiro agrônomo e consultor da Jamp Agropecuária de Gurupi, José Soares, o Congresso Madeira 2016 também pode trazer perspectivas de abertura de mercado para o Tocantins.  “Queremos esclarecer nossas dúvidas sobre a parte de comercialização e acreditamos que o encontro pode ajudar bastante na abertura de mercado, atraindo investimentos”, disse.

O 8º Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia - Madeira 2016, está sendo promovido pelo Instituto Besc de Humanidades e Economia, com apoio do Governo do Estado, por meio da Seagro. 

Programação:

Dia 16 – (período da tarde)

14h - Painel 2,  A Importância dos Produtos Madeireiros na Bioeconomia. Palestrantes: Sócio, da Mirow & Co. Andreas Mirow; presidente do Conselho Consultivo Innovatech, João Comério; diretor florestal da Klabin, José Artêmio Totti. Palestra “Agregando valor à biomassa florestal - tecnologias atuais e desafios futuros”- Palestrante: Marcelo Hamaguchi e Ricardo do Valle, Valmet. Mediador: diretor executivo da Associação Mineira de Silvicultura, César Reis.

16h30 - Painel 3 – Impacto dos Grandes Acordos Internacionais no Comércio de Produtos Madeireiros. Palestra: “Exportações para a Ásia e o Uso de Agroquímicos no Tratamento da Madeira”. Palestrante: representante da Associação de Produtores de Teca do Estado de Mato Grosso, Fausto Takizawa e a especialista em negociações internacionais do CNA, Camila Nogueira Sandi. Mediador: diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade.

Sexta-feira, 17 de junho – Manhã

8h30 - Painel 4 – Políticas de Investimentos e Comercialização de Florestas. Palestra 1: “Florestas Plantadas e Biomassa. Palestrante: secretário da Frente Parlamentar de Silvicultura, Aldo De Cresci Neto. Palestra 2: “Restrições à aquisição e arrendamento de terras por empresas de capital estrangeiro: soluções em andamento” - Palestrantes: advogado do escritório Bueno, Mesquita e Advogados, Francisco de Godoy Bueno; diretor Comercial da empresa Ramires Reflorestamento, Luiz Calvo Ramires Júnior;   gerente de Responsabilidade Socioambiental, Rabobank, Luiz Fernando do Amaral; representante da  Partner e CEO Brookfield Brazil Timber Fund, Silvio Teixeira Jr - Mediador:  representante da InfoRural Álvaro Soares de Oliveira.

11h – Painel 5 – Reflorestamento no Estado do Tocantins e seu Impacto na Economia. Palestra 1: “Gestão da tecnologia florestal de modo a conduzir adaptações operacionais necessárias para produção florestal em quantidade e qualidade nos plantios em Tocantins”. Palestrantes: Consultor executivo de Tecnologia Florestal, Suzano Papel e Celulose, Aguinaldo José de Souza.

Palestra 1: “Silvicultura no Tocantins: situação atual e perspectivas”,  pesquisador da Embrapa Florestas,  Alisson Moura Santos. Palestra 2: “Agregação de valor da madeira proveniente do eucalipto produzida no Tocantins e seus mercados”- Palestrante: representante da Planet Wood Projepex, Claudio Renck Obino. Palestra 3:  “Viabilidade econômica em novas fronteiras: abastecimento em quantidade e qualidade em longo prazo de unidades consumidoras do Tocantins”. Palestrante: representante da Copener, Thais Cunha Ferreira. Mediador: Prof da Universidade Federal do Tocantins, Dr. Marcos Giongo.

12h30 Debate

13h Encerramento.