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Araguaína

Foto: João Neto

A sociedade civil organizada de Araguaína manifestou sua indignação diante do crescente número de assaltos, furtos e homicídios nos últimos meses. Nessa terça-feira (19), uma multidão reuniu-se em frente às Lojas Liliani, na Avenida Cônego João Lima, principal via comercial da cidade, em um ato de protesto pela morte, na segunda-feira, 18, de um gerente da loja, Adriano Inácio da Silva Monteiro, de 29 anos, que morreu após ser atingido com um tiro no peito durante assalto, dentro da loja de móveis que gerenciava. 

A Associação Comercial e Industrial de Araguaína (ACIARA) aderiu ao movimento e levou diretores e associados às ruas para reforçar as reivindicações por mais ações efetivas na segurança pública do Estado. “Cidadãos e empresários estão com medo de irem trabalhar. Chegamos ao limite, as pessoas não têm mais liberdade para fazer nada. E muito em breve sentiremos o impacto dessa situação na economia”, disse o presidente da Aciara, Márcio Parente.

Homenagem

O cortejo que conduzia o corpo do gerente para o sepultamento passou pela Avenida Cônego João Lima e parou em frente às Lojas Liliani. O comércio fechou as portas e a rua foi tomada por populares, colaboradores e empresários para uma última homenagem ao gerente.

No carro de som, representantes da família da vítima manifestaram sua dor e indignação com o crime. “Araguaína está pedindo socorro, não aguentamos mais! Nossas autoridades estão de braços cruzados”, disse uma vizinha de Adriano.

A todo momento, os manifestantes clamavam por justiça e entoavam palavras de ordem. “A gente quer justiça para que isso não aconteça mais com ninguém”, pediu o irmão de Adriano.

Passeata

Após o cortejo seguir para o cemitério, os manifestantes fizeram uma caminhada pacífica pela avenida até a Praça das Bandeiras. Lá, cidadãos tomaram a palavra e relataram suas experiências como vítimas da violência e permaneceram exigindo uma tomada de atitude das autoridades.

“A manifestação é um reflexo da nossa realidade. Precisamos que todas as esferas de governo envolvidas na segurança pública tomem atitudes imediatas e olhem com mais atenção para Araguaína”, informou a diretora da Aciara, Antônia Lopes.