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Educação

Foto: Emerson Silva

Foto: Emerson Silva

A Romaria do Senhor do Bonfim em Natividade, localizada na região sudeste do Tocantins, reúne tradição e muita fé. Durante 11 dias (06 a 12 de agosto) romeiros de todos os lugares do Tocantins e de outros estados, encaram o sacrifício de percorrer vários quilômetros a pé para pagar promessas e agradecer as bênçãos recebidas durante o ano. Buscando entender um pouco mais sobre essas vivências, estudantes dos cursos de Geografia e Turismo, do Câmpus da UFT em Araguaína, transformarão a manifestação cultural de fé e tradição em objeto de pesquisa acadêmica.

O grupo, formado por 40 alunos de graduação, pós-graduação e quatro professores dos respectivos cursos, estarão em Natividade de 09 a 11 deste mês. Os estudantes pesquisarão temas como as trajetórias dos romeiros, os lugares na romaria, o turismo e a receptividade dos romeiros e visitantes. As pesquisas serão realizadas com entrevistas, mapas falados, travessias e calendários das festas dos romeiros. A Romaria em Natividade tem mais de dois séculos de história e atrai, a cada ano, milhares de fiéis.

De acordo com o professor do curso de Geografia, Eliseu Pereira de Brito, a visita vai além de apenas pesquisar as manifestações do catolicismo no Bonfim. "Estamos formando pessoas que depois terão um papel importante na sociedade de conscientização, inclusive, para a permanência dessas manifestações culturais", conta. Segundo o professor, esta não é a primeira ação realizada pelos dois cursos. "A atividade faz parte da disciplina de Geografia do Tocantins que é ministrada para os dois cursos. Já fizemos outras pesquisas em Natividade e em Bragança (PA) com alunos de vários cursos", disse.

O  professor relembra que além das manifestações de religiosidade, a festa também é uma oportunidade para comerciantes que oferecem serviços de alimentação e vendem artesanato no local, bem como para ponto de encontro e festa entre os moradores e visitantes. "Tradições como esta contam a história do Tocantins e precisam ser lembradas na academia, bem como pela população. Elas demonstram o que a gente tem de melhor no estado. Falam sobre a nossa identidade tocantinense, e é importante para que a população compreenda que há manifestações culturais relevantes no estado e que precisam ser valorizadas e conservadas", pontua.

No final do projeto, os resultados destas pesquisas serão publicados em artigos científicos e o grupo pretende criar um banco de fotografias junto ao curso de Geografia e apresentá-las em um evento posterior no Câmpus. (Ascom UFT)