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Foto: Divulgação

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O Tocantins mais uma vez consolida as estratégias de controle contra a brucelose e a tuberculose. É o que comprova o resultado do inquérito epidemiológico divulgado pela Universidade de São Paulo (USP), que presta apoio técnico-científico ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Os dados, divulgados nesta quinta-feira, 24, comprovam que a prevalência da brucelose em rebanhos, que era de 21,22% entre os anos de 2002 e 2003, baixou para 6,42% no estudo realizado entre 2014 e 2015, pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). O resultado da prevalência da tuberculose em rebanhos foi extremante baixa com 0,16%.

As equipes da Agência percorreram todos os municípios do Estado, envolvendo 756 propriedades, sendo que 6.846 animais foram testados para o estudo da brucelose e 11.926 animais para a tuberculose. “Os excelentes resultados são um grande avanço em relação ao controle das duas zoonoses, pois geram um cenário epidemiológico e de avaliação do impacto de fatores de risco”, comemorou o presidente da Adapec, Humberto Camelo, acrescentando que as estratégias executadas têm gerado altos índices vacinais (a exemplo da última etapa da campanha contra a brucelose que bateu recorde com a vacinação de 96,25% das bezerras entre três e oito meses de idade)  e a  diminuição do número de condenações em frigoríficos devido à baixa de notificações em abatedouros frigoríficos das enfermidades.

A diretora de Defesa, Sanidade e Inspeção Animal da Adapec, Regina Barbosa, explica que o trabalho de campo consistiu na coleta de material e aplicação de alérgenos (tuberculinas) em fêmeas bovinas acima de 24 meses, para serem processadas em laboratórios credenciados e a realização da leitura, com o objetivo de estimar a prevalência e a distribuição de propriedades e de bovinos infectados com brucelose e tuberculose no Estado. “Nossa expectativa é aprimorar e redefinir nossas estratégias e ficamos muito felizes com o resultado e certos de que os esforços de todos os envolvidos valeram a pena”, disse.

O estudo é estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Apoio

No Tocantins, o inquérito contou com o apoio do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Tocantins (Fundeagro), que ficou responsável pelo pagamento de 1/3 do valor das indenizações aos produtores rurais que tiveram durante o estudo, algum animal diagnosticado com tuberculose, pois são sacrificados, além disso, a entidade também colaborou na aquisição de tuberculinas utilizadas no diagnóstico da tuberculose.