Foi liberado na noite desta quinta-feira, 4, o Policial Militar Silvestre Silveira, que estava preso no 6º batalhão da PM, em Taquaralto, por suspeita de atropelar e matar um adolescente na região sul da capital no mês passado.
O militar teve a prisão revogada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Palmas, William Trigilo da Silva. O magistrado entendeu que a prisão do PM é incabível e que “o investigado é primário, possui residência fixa e excelentes apontamentos funcionais, o que o torna um policial honrado dentro da sua instituição”. O pedido de revogação da prisão também recebeu parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPE).
O advogado do soldado, Indiano Soares e Souza disse ao Conexão Tocantins que a representação equivocada realizada pela Polícia Civil teria induzido o magistrado ao erro, decretando a prisão do policial. “O caso foi uma fatalidade, os militares não tiveram nenhuma intencionalidade no falecimento do rapaz e eles se solidarizam com a família da vítima, mas ficou demonstrado que a Polícia Civil invocou fatos não verdadeiros que levaram o magistrado ao erro e que não havia necessidade de prisão”, disse o advogado.
Entenda
Silveira é suspeito de matar atropelado o adolescente Leandro Rocha no dia 20 de março durante patrulhamento no Aureny IV em Palmas.
Testemunhas disseram em depoimento à Polícia Civil que Leandro estava de bicicleta e sendo perseguido pela viatura. No momento em que o jovem virou uma esquina na contramão, os policiais também teriam invadido a contramão e avançado com o carro para cima do rapaz, o atropelando e causando sua morte.
A defesa dos militares nega esta versão e diz que o acidente foi uma fatalidade. A Polícia Militar informou que a vítima teria se recusado a parar durante uma abordagem e se feriu ao cair na calçada.
O caso está sendo conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas.