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Polí­tica

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) decidiu se afastar por quatro meses dos trabalhos do Senado. Segundo a sua assessoria de imprensa, o parlamentar pretende, no período, fazer palestras e promover encontros em todo o país para discutir a sua proposta de emenda à Constitução (PEC) que muda o regime de governo de presidencialista para parlamentarista.

Collor deve oficializar seu pedido de afastamento à Secretaria Geral da Mesa do Senado na semana que vem. No seu lugar, assume o suplente Euclydes Mello (PTB-AL), primo do senador. O prazo de afastamento, regimentalmente, pode ser prorrogado.

Se mantiver os quatro meses de licença, Collor só retornará ao Senado no próximo ano. Desde maio, a presença do parlamentar alagoano em plenário foi cada vez mais rara. A assessoria de imprensa de Collor diz que ele tem mantido uma agenda intensa pelo país falando sobre o parlamentarismo e, também, sobre meio ambiente. A PEC de sua autoria que instaura o regime parlamentarista de governo tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Marco Maciel (DEM-PE).

Em seis meses de exercício do mandato, descontados os 15 dias de recesso de julho, Fernando Collor de Mello fez sete pronunciamentos no plenário do Senado. Em 15 de março, o parlamentar quebrou o silêncio desde que mantinha desde o processo de impeachment, em 1992, e apresentou sua versão sobre o seu afastamento da Presidência da República, por decisão do Congresso Nacional. Em 5 de julho, o parlamentar foi à tribuna pela última vez discutir a situação do Mercosul.

O afastamento, se confirmado, acontecerá no momento em que corre no Conselho de Ética processo, além de dois pedidos de novos processos, de investigação sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan foi líder da base governista de Collor, afastando-se dele após ser preterido na disputa pelo governo de Alagoas. O então presidente da República deu preferência a Geraldo Bulhões, que se elegeu.

Agência Brasil