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Economia

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que em 2010 a taxa de desemprego no Brasil fique em torno de 4,2%, patamar que se assemelha ao verificado nos anos 80. Atualmente a taxa de desemprego é de 8,4%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada este mês, mostre que a informalidade entre os trabalhadores caiu, passando de 56,4% em 2005, para 55,1% em 2006, o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, avalia que é preciso mais investimentos na geração de renda.

"Ainda temos uma taxa de desemprego muito acima de outros países. Então, precisamos ter uma preocupação fundamental com a inclusão por meio da geração de emprego de qualidade, sem falar que parte importante dos empregos que estão sendo gerados estão associados ainda a uma remuneração muito baixa", disse.

Ao comentar os números da Pnad, Pochmann observou que o crescimento do emprego com carteira assinada pode indicar que a legislação trabalhista vigente não represente um entrave para a contratação formal. "A lei trabalhista não está sendo uma condicionante para o emprego formal. Porém, não digo com isso que a legislação trabalhista não precise ser discutida".

A Pnad, que é feita pelo IBGE, revela ainda que as mulheres representam hoje mais da metade da população economicamente ativa (52,6%), enquanto em 1980 não ultrapassavam os 30%. Segundo o presidente do Ipea, a tendência é que a participação das mulheres continue crescendo. A justificativa, segundo ele, é que atualmente as mulheres têm mais escolaridade do que os homens, além disso, a valorização da força física masculina em alguns postos de trabalho decresce constantemente com o desenvolvimento tecnológico.

Agência Brasil

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