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Cultura

O Sesc Tocantins vai trazer no próximo dia 20 o espetáculo "Murucututu, a coruja grande da noite" e no dia 21, "Primeira Pele", da Cia. Pessoal de Teatro, de Cuiabá. As peças fazem parte da 6ª etapa do projeto Sesc Amazônia das Artes 2008. Os dois espetáculos acontecerão, respectivamente, às 20 horas, no Theatro Fernanda Montenegro, em Palmas. A entrada custa R$ 4,00 inteira, R$ 3,00 conveniados do Sesc e R$ 2,00 meia. Para "Murucututu" a classificação é livre, já para "Primeira Pele" é de 14 anos.

O Projeto tem o objetivo de viabilizar o intercâmbio de espetáculos de teatro e dança, shows musicais e exposições de obras de arte. Uma oportunidade de expansão das expressões artísticas e ampliação do público, através da troca de experiências de grupos que pertencem aos estados da Amazônia Legal.

As apresentações ocorrerão em todos os Estados da Amazônia Legal, até novembro deste ano, por meio do compromisso e empenho de todos os Departamentos Regionais do SESC e mediante as orientações e apoio técnico e financeiro do Departamento Nacional do SESC. A última etapa de 2008 será em outubro com o grupo teatral Trieiro, também de Mato Grosso. Mais informações pelos telefones (63) 3219-9152 e 3219-9127.

Murucututu

O espetáculo foi criado com base num conto de Marcos Bagno chamado: Murucututu, a coruja grande da noite. A adaptação do conto para o teatro se deu a partir de um processo de investigação e de experimentação desenvolvido pela atriz Lílian Marques em parceria com o diretor Robson Haderchpek. O processo de criação estabelece relações entre a lenda do Murucututu, contada por povos indígenas da Amazônia, a história escrita por Marcos Bagno e algumas referências da cultura popular que permeiam o imaginário coletivo. No espetáculo a atriz nos apresenta a três personagens: a Menina, a Avó e a Coruja Murucututu. A Menina representa a coragem e os anseios da juventude; a Avó é uma figura emblemática que traz em si a sabedoria e a arte de contar histórias; e o Murucututu é uma personagem que representa o mistério e a poesia. A trama é conduzida pela Narradora que aproxima o universo fantástico das referencias pessoais do espectador. Horas encenando, horas cantando e horas narrando, a atriz estabelece com o público uma relação de cumplicidade, interagindo o tempo todo com o cenário, com os objetos de cena e estimulando ativamente a imaginação de quem participa dessa experiência teatral.

Primeira pele

Primeira Pele é um monólogo diferente. A personagem, esquizofrênica, está num dilema que enfrenta todos os dias: será que toma o lítio ou não toma? É claro que o remédio controla sua doença e evita os surtos característicos da patologia, mas também é esse remédio que a impede de se sentir livre! Sua imaginação está solta, pois o efeito da medicação anterior já passou, e ainda não tomou a próxima dosagem. É nesse ritmo alucinante, acompanhada pela música minimalista e percussiva que essa doce personagem decide se enquadrar na sociedade ou ser livre e louca. O espetáculo escapa do conceito dramático de esquizofrenia e busca um retrato dinâmico e hilário, procurando a sensatez da loucura. As dúvidas da personagem passam a ser as dúvidas de todos. As certezas deixam de existir e a pergunta é: quem está delirando?

 

Fonte: Sistema Fecomércio Sesc Senac Tocantins