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O Brasil nunca produziu tantos alimentos como na safra atual de grãos (2007/08), que acaba de ser concluída pela Conab. Os números do 12º levantamento, apresentados nesta segunda-feira (8) pelo presidente da estatal, Wagner Rossi, confirmam uma colheita de 143,87 milhões de toneladas, ou 9,2% maior que a do ciclo anterior. Este resultado, inclusive, poderá ainda ser alterado, com a colheita do milho safrinha do Nordeste, que será finalizada neste mês.

Esta cultura é o grande destaque do período. Com duas colheitas no ano, o milho cultura participou com 58,59 milhões de t, ou 14% (7,21 milhões t) a mais que na safra passada. Já a soja cresceu 2,8%, o equivalente a 1,66 milhões de t. Outro grão em evidência foi o trigo, com 3,82 milhões de t, diferença de 71,2% para cima. Apesar do aumento, esta quantidade ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno, o que leva o Brasil a importar parte do produto da Argentina.

Por outro lado, as exportações dos outros grãos cresceram. Até o final do ano serão embarcadas 52,17 milhões t de milho, soja, feijão e algodão. De janeiro a julho, a saída desses produtos e seus derivados já renderam ao país US$ 13,29 bilhões. A balança comercial do agronegócio, nesse mesmo período, contabilizou US$ 40,11 bilhões em exportações. De acordo com Rossi, este panorama consolida o agronegócio como um dos principais protagonistas da economia brasileira. “Esses avanços são fruto da capacidade empreendedora do produtor brasileiro e da política de apoio consistente do governo à agricultura”, explica.

A lista dos maiores estados produtores de grãos é encabeçada pelo Paraná (21,1%), seguida pelo Mato Grosso (19,7%), Rio Grande do Sul (15,6%) e Goiás (9,1%).

No que se refere à área semeada, o país saiu de 46,21 milhões para 47,36 milhões de hectares. A região Centro-Sul responde por 79% do total. O milho e a soja são também as culturas que mais se beneficiaram com a ampliação das terras cultivadas, com 14,71 e 21,33 milhões de hectares, respectivamente.

Estoques – A Conab divulgou, ainda, a quantidade de alimentos que o governo e o setor privado mantêm armazenada para a entressafra. Os estoques de passagem são de 10,63 milhões de t de milho, 1,03 milhão de t de arroz, 3,03 milhões de t de soja, 535,5 mil t de feijão e 2,28 milhões de toneladas de farelo de soja.

A pesquisa foi realizada por cerca de 80 técnicos, entre os dias 18 e 22 de agosto. Eles consultaram agricultores, cooperativas, sindicatos, órgãos públicos e privados dos principais estados produtores.

 

Fonte:  Conab