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Polí­tica

Durante quase três horas o secretário municipal da saúde, Samuel Bonilha, respondeu questionamentos, esclareceu dúvidas, anunciou investimentos em obras para ampliar o sistema e ouviu sugestões dos vereadores para melhorar o atendimento à saúde da Capital, que segundo ele tem avançado.

O secretário da Saúde de Palmas, Samuel Bonilha, saiu satisfeito com o resultado do debate com os vereadores, durante sessão especial realizada nesta terça-feira, 28, em que foi convidado pela Casa para falar sobre o seu trabalho frente à pasta, considerada a área mais problemática da administração municipal. O secretário iniciou o seu depoimento fazendo um relato detalhado do funcionamento do sistema de saúde de Palmas - orçamento, pessoal, estrutura e programas – ressaltando o grande desafio de melhorar a qualidade do atendimento com uma demanda que não para de crescer enquanto os recursos estão diminuindo.

Samuel Bonilha mostrou que a perda de receita do município repercutiu fortemente na saúde que sofreu queda de 13,30% do seu orçamento em comparação com o ano passado. Este ano a saúde dispõe de R$ 84 milhões, 2.481 servidores, 26 prédios, 42 unidades da família e a obrigação de atender a população de toda a região. Os números são altamente expressivos. Balanço de 2008 aponta que foram realizadas 770 mil consultas, 600 mil exames de análises clínicas e 17 mil fiscalizações de vigilância sanitária. Disse que o programa de descentralização das farmácias populares fez o município que já conta com sete unidades, economizar cerca R$ 900 mil por ano. A rede disponibiliza 260 medicamentos que segundo ele atende as necessidades da população. Bonilha comparou números e mostrou que Palmas é capital que mais investe em medicamentos em valores per capta, R$ 39,92, quase quatro vezes mais em comparação com outras capitais que não chega a R$ 10,00 por pessoa.

O secretário Samuel Bonilha ainda anunciou a construção de várias obras que vão ampliar a rede física da saúde, resultando na melhoria da qualidade do atendimento. Revelou que foram liberados recursos na ordem de R$ 800 mil para a construção do Pronto Atendimento Sul, cuja obra foi retomada nesta terça-feira e que será concluída até o final do ano. Sobre o Pronto Atendimento Norte disse que aguarda a liberação de recursos para iniciar a licitação e dar início à obra. Diversas outras obras como policlínicas, postos de saúde e unidades da saúde da família, resultado de emendas parlamentares estão apenas aguardando a liberação de recursos para serem iniciadas.

Os 12 vereadores fizeram perguntas ao secretário que não deixou de responder nenhum questionamento e concordou com os que apresentaram reclamações quanto ao atendimento. “O grande problema da saúde é o atendimento.” Ponderou o secretário, citando pesquisas que apontam como causa a falta de preparo dos servidores para atuar numa área que exige muita dedicação. Todos porém, reconheceram o seu esforço para melhorar o sistema de saúde da capital. “Vejo que o senhor está fazendo um trabalho bom na saúde”, disse o vereador Aurismar Cavalcante (PP), ao parabenizar o secretário pela disposição de ouvir os vereadores.

“A saúde é área que não podemos dizer que os problemas estão resolvidos. Vai sempre ter problemas. Diferente da educação que tem uma clientela de 30 mil alunos, mais de 180 mil pessoas dependem da saúde. Mas temos feito um grande esforço para melhorar e acreditamos que avançamos muito, mas é preciso continuar avançando muito mais”, disse o secretário ao avaliar o debate com os vereadores que considerou de grande proveito. Considerou ainda que apesar de todos os problemas, Palmas detém um dos mais altos índices de cobertura de saúde do país, que chega a 87,35% da população. “Cerca de 180 mil pessoas passam pela rede municipal da saúde” garantiu, agradecendo o prefeito Raul Filho pela visão de eleger a saúde como uma prioridade e de cobrar medidas para a humanização do sistema.

Fonte: Dircom/CM Palmas