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Ao completar um ano de seu lançamento, o SipamCidade já capacitou para o uso de geotecnologias 480 técnicos de 275 municípios da Amazônia Legal, e de outras 57 instituições públicas que trabalham em prol da Região. Criado em outubro de 2008 pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que é vinculado à Casa Civil da Presidência da República, o programa oferece treinamento para uso do programa Terraview (desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), além de um robusto banco de dados com informações espaciais sobre cada um dos municípios que participam do curso.

O coordenador-geral de Operações, Fernando Campagnoli, responsável pela execução do SipamCidade informa que já foram capacitados técnicos de 35,3% dos 779 municípios da Amazônia Legal e que, em área, o programa já atingiu 41,2% da Amazônia e se aproximará dos 50% até o final do ano. Em 2009, o SipamCidade priorizou os municípios que mais sofreram com os efeitos do desmatamento, com destaque para os 43 que foram o foco do mutirão Arco Verde Terra Legal.

Ainda este ano, o Sipam pretende treinar mais nove turmas. Já está confirmada uma turma em Juína (MT), em 23 de novembro, com os municípios do Consórcio Vale do Juruena. Também em Mato Grosso será feita a capacitação dos municípios vinculados ao Consórcio Vale do Arinos. Segundo Fernando Campagnoli, até dezembro devem acontecer mais três capacitações no Tocantins, duas no Pará e duas em Manaus. “Nos próximos dias os Centros Regionais de Belém e de Manaus devem concluir as negociações com as prefeituras e informar as datas e locais na página eletrônica do Sipam”, afirmou Campagnoli.

Diagnóstico ambiental

Além das imagens espaciais de cada município capacitado no programa, o SipamCidade oferece aos gestores municipais grande quantidade de informações geográficas produzidas por diferentes órgãos do governo Federal. Esse banco de dados permite que a prefeitura agregue outras informações e produza o diagnóstico ambiental do município, elaborando diversos ‘mapas’ que são muito úteis em quase todos os setores da administração. Entre os mais conhecidos estão o de aptidão agrícola, de resíduos sólidos e de potencial turístico ou mineral.

Com o mapa de aptidão agrícola a prefeitura identifica as áreas próprias para o plantio, podendo orientar potenciais empreendedores, descobrir as culturas que terão maior produtividade, conhecer a qualidade do terreno e eventuais riscos. O de resíduos sólidos auxilia a prefeitura a escolher as áreas adequadas ao armazenamento do lixo, evitando a contaminação do lençol freático, degradação do solo e outros danos ao meio ambiente. Os mapas de potencial econômico, turístico, mineral ou outro qualquer, analisam a vocação do município e orientam para as atividades sustentáveis que terão maior chance de se adequar à região.

Campagnoli acredita que, com as geotecnologias e os demais dados que a prefeitura pode obter ou coletar no município, é possível acelerar o processo de reversão da degradação em áreas desflorestadas, além de servir de suporte para a prefeitura conseguir a exclusão da lista de municípios que mais desmatam. O SipamCidade também ajuda a prefeitura a ampliar o conhecimento sobre o próprio território, auxiliando nas decisões administrativas e melhorando o controle e os resultados na implantação de diversos programas de apoio aos municípios, além de facilitar a elaboração de projetos para receber investimentos focados no desenvolvimento sustentável.

Para participar do SipamCidade a prefeitura pode contatar com os Centros Regionais do Sipam em Belém (Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins), Manaus (Amazonas e Roraima) ou Porto Velho (Rondônia, Mato Grosso e Acre). Os endereços e telefones podem ser obtidos no site www.sipam.gov.br.

Fonte: Portal Rodônia Dinâmica