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Foto: Divulgação

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A forte seca registrada este ano e o grande número de queimadas deixaram pelo menos 295 Municípios em situação critica. Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) com 425 prefeituras das regiões Norte e Centro-Oeste mostra este resultado. No entanto, é sabido que diversas outras regiões do País estão enfrentando graves problemas por causa da atípica variação do clima. Na pesquisa, a maior incidência de queimadas foi em Goiás e em Tocantins, com 137 e 84 Municípios atingidos.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski destaca que incêndio descontrolado e falta de água para população são problemas comuns nestes Municípios. “Dos 74,1% que estão em dificuldade – total de entrevistados – nenhum recebeu ajuda financeira do governo e apenas dois no Tocantins disseram ter recebido auxílio material do governo estadual”, relata.

O levantamento da CNM comprova que nessas regiões a agricultura e a pecuária são os mais afetados, além das áreas de preservação ambiental. Segundo Ziulkoski o fogo destruiu parte ou grande parte de parques ecológicos de 75 Municípios, dos entrevistados.

Diante do quadro e em busca de orientação, diversas administrações municipais têm procurado a CNM. Em Alto Boa Vista (MT), além das queimadas que destruíram a pastagem e a plantação a falta de água e a falta de recursos públicos [dinheiro] trazem preocupações a prefeitura. “O Município é um exemplo do indicativo da pesquisa, tem sua economia baseada na agricultura e pecuária e a queima tem causado a perda da produção agrícola e da alimentação do gado, que está sem pastagem”, lamenta.

“Os pequenos produtores perderam suas plantações”, salienta o secretário de Administração do Município, Márcio Castilho de Moraes que demonstra também enorme preocupação com a população urbana. “A água potável esta acabando e os dois carros-pipas não são suficientes para atender a população”, declara. Ele explica que os poços artesianos estão quase secos e seria necessário contratar mais três caminhões para distribuir água, mas o Município não tem verba para esta demanda. “Estamos partindo para o Estado de Calamidade Pública”, resume o secretário de Administração.

“O fogo já queimou mais de 50% da zona rural. A situação é gravíssima. Se não chover o mais rápido possível não saberemos o que vamos fazer”, o desespero do secretário de Administração é um sentimento de diversos outros gestores que também buscam meios para tentar amenizar os problemas.

Fonte: Assessoria de Imprensa/CNM