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Foto: Joatan Silva

A politica de agroenergia do governo do Estado para o Tocantins foi apresentada na manhã desta terça-feira, 24, pelo subsecretário de Produção de Energias Limpas da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Ailton Parente de Araújo, no primeiro seminário de Agroenergias realizado na Universidade Federal do Tocantins - UFT.

Nesta primeira edição, o público alvo foi formado por profissionais da área, professores, pesquisadores, estudantes, representantes de instituições públicas e empresas privadas ligadas ao setor.

O subsecretário destacou a importância da agroenergia para o Brasil e para o Tocantins e que o Governo do Estado, ao criar a subsecretaria, deu um passo importante na consolidação das políticas em produção de energias limpas. Após breve apresentação da estrutura da subsecretaria, Araújo apresentou os desafios da agroenergia a serem enfrentados nas diversas áreas como etanol, biodiesel, biomassa e energia solar.

De acordo com Araújo, a política de desenvolvimento do governo para o setor de agroenergia é de propor e realizar políticas públicas como: estudos sobre o potencial, auxiliar nas pesquisas existentes e futuras de matérias primas, contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor no Estado através de geração de emprego e renda com compromisso ambiental e emissão reduzida de carbono, entre outras. “O Governo Federal está atento para as potencialidades da agroenergia e já vem fortalecendo com investimentos o setor”, lembrou.

Segundo o subsecretário, o Brasil é o segundo produtor mundial de etanol, sendo a cana-de-açúcar a principal matéria prima de energia renovável. “O Tocantins se destaca como fronteira agrícola para o desenvolvimento do setor sucroalcooleiro”, disse.

Araújo apresentou ainda o zoneamento de possíveis lavouras de cana no Tocantins. “Atualmente a produção nas três usinas do Tocantins é de 124 milhões de litros de etanol por ano. Temos plantada uma área de 16,7 mil hectares nos municípios de Pedro Afonso, Gurupi e Arraias com uma produtividade de mais de 90 toneladas por hectare. São números que demonstram que os investimentos no setor tem dado retorno”.

No biodiesel o subsecretário frisou sobre o Selo de Combustível Social, uma política executada pelo Governo Federal através do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário, que já está implantado no Tocantins como forma de incentivo na produção do biodiesel. “A soja é a principal matéria-prima com mais de 80% da produção nacional, e o selo é concedido aos produtores de biodiesel que compram a matéria prima da agricultura familiar”, explicou.

De acordo com Araújo, no Tocantins 48 agricultores familiares participam do selo. “Temos mais de 20 mil famílias e para nós, do governo do Estado, é importante colocar essas famílias no ciclo produtivo”. Ainda na área do biodiesel, o subsecretário falou sobre a implantação do projeto cultura do amendoim, com uma área cultivada de mais de 10 mil hectares.

Sobre as áreas da agroenergia em biomassa, energia solar e eólica Araújo explicou que a subsecretaria com apenas cinco meses de criação ainda está nos desafios de conhecer e atrair investidores para o Estado.

Fonte: Ascom Seagro