A partir de 2012, o Tocantins irá fazer parte do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta), depois da construção e instalação de um radar do no Aeroporto de Palmas. A informação é do comando da Aeronáutica, através do Centro de Comunicação Social (Cecomsaer), que informou ainda, que a previsão é de que o equipamento já esteja em funcionamento a partir de dezembro do ano que vem, dependendo apenas da licença ambiental para o início das obras civis.
A instalação do radar em Palmas é de responsabilidade da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (Ciscea), órgão ligado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que é uma organização do Estado brasileiro, subordinada ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica.
A Clemar Engenharia, empresa contratada para a construção da parte física e estrutural do radar aguarda somente a liberação de mais algumas licenças da Prefeitura de Palmaspara que as obras tenham início.O alvará de construção já foi liberado liberado pela Prefeitura no último dia 12 de maio. O que está faltando são as licenças ambientais do município.Com relação à licença estadual, de acordo com a empresa, está tudo certo. Já foi expedido, inclusive, pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins)a Autorizaçãopara Exploração Florestal (AEF), também no último dia 12 de maio.
Contudo, a empresa, que tem 40 anos de experiência no ramo, prevê que a conclusão da construção que lhe cabe será ainda em janeiro do ano que vem, quando começará a instalação dos sistemas tecnológicos e operacionais da Aeronáutica.
Abrangência
Depois da conclusão das obras que ocuparão cerca de 500 m² de uma área total de 4075 m², haverá uma melhor cobertura no espaço aéreo local, em baixa altitude. A cobertura do radar, de acordo com a Aeronáutica será de 200 Milhas Náuticas (NM), o que corresponde a um raio de cerca de 370 km no entorno do equipamento.
No entanto, a Aeronáutica fez questão de frisar que, na faixa em que o radar a ser instalado em Palmas atua, não existem pontos cegos de navegação aérea. “Vale ressaltar que não há áreas cegas em nenhuma região do território nacional nas altitudes de voo utilizadas pela aviação comercial”, informou.
Cindactas I, II, III e IV
O Cindacta I é o responsável pela maior quantidade de tráfego aéreo do Brasil, sendo 45% do total. De acordo com informações do Decea, o Cindacta I tem capacidade para lidar com 4 mil planos de vôo repetitivos e 2,5 mil simultâneos.
O Cindacta I é sediado em Braília e possui 18 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo, localizados nos estados de MT, MG, GO, ES, RJ, SP e DF.
Já o Cindacta II foi instalado na cidade de Curitiba – PR, em 1982 e é o responsável pelo controle do espaço aéreo na região Sul e no Estado do Mato Grosso do Sul, RJ, MT, GO e parte de SP.
O Cindacta III tem como sede a cidade de Recife – PE, e é o responsável pelo espaço aéreo de todo o Nordeste e grande parte da área brasileira do Oceano Atlântico. De acordo com o Decea, o Cindacta III gerencia uma área total de mais de 13 milhões de km². Ao todo, são 10 Destacamentos de Controle de Espaço Aéreo localizados nos Estados de PE, CE, SE, BA, AL, RN.
Por fim, o Cindacta IV é o centro conhecido como o Cindacta da Amazônia. Este é o responsável pela cobertura do espaço aéreo da região Norte do Brasil. Segundo o Decea, o Cindacta IV é responsável por 60% do espaço aéreo nacional em uma área de mais de 5 milhões de km².
Com o maior número de Destacamentos de Controle de Espaço Aéreo (27), o Cindacta IV possui unidades nos estados do AM, PA, RO, RR, AC, AP, MT e MA.
A Aeronáutica informou que ainda não foi definido se o radar do Tocantins será integrado ao Cindacta I (região central), ou ao Cindacta IV (região amazônica). O que se sabe ao certo é que, de acordo com a Aeronáutica, o radar do Tocantins não terá funcionários fixos operando. Ele trabalhará de maneira remota e eventualmente virá um funcionário do Decea responsável pela manutenção e controle do equipamento.
Atualizada às 17h30