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Polí­tica

Foto: Clayton Cristus

Em pronunciamento feito durante a sessão da manhã desta quinta-feira, 18, na Assembleia Legislativa, o deputado Sargento Aragão (PPS) mostrou toda sua indignação com a presidência da Casa, na figura do deputado Raimundo Moreira (PSDB), o presidente. A ira do deputado foi desencadeada depois que ele pediu vistas em dois projetos do governo e, mais uma vez, só teve acesso á cópia das matérias.

A iniciativa da Assembleia é regimental, mas a repetição na entrega de cópias tem indignado Aragão desde o começo desta Legislatura. No entanto, a reação inflamada do deputado na sessão de hoje tem outra justificativa. Durante seu discurso, o deputado deixou transparecer que ainda não se conformou com a manobra da bancada governista que impediu que a oposição instalasse dois pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito, durante a sessão de ontem.

Usando de palavras fortes, o deputado atacou diretamente a figura de Moreira e o acusou de desacatar os deputados, por aceitar um pedido de CPI que deve investigar supostas irregularidades na Secretaria Estadual da Juventude, durante gestão do agora deputado Ricardo Ayres (PMDB). “Ontem a presidência quebrou precedentes e atingiu um colega deputado. Atitude tão baixa”, exclamou.

O deputado ainda convocou a bancada de oposição que agora, segundo ele, é composta por apenas oito deputados, a “passar a limpo” todos os projetos e matérias travados que possam incriminar o governo. “A partir de terça-feira, vamos passar a limpo as matérias que temos que passar. Vamos passar a limpo desde nepotismo, rio Araguaia”, disse.

Ordem nas falas

Depois de todas as discussões calorosas durante os pedidos de instalação de CPI na sessão de ontem, os deputados de oposição começaram uma série de questionamentos sobre os critérios adotados pelo presidente da Casa na hora de conceder a palavra. Esta discussão se estendeu até a sessão de hoje, quando os deputados continuaram a questionar o presidente por falta de oportunidade de se pronunciar.

Sobre isso, Aragão resumiu em uma pequena frase: “Esta Casa está instável”.