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Estado

Acontece nesta segunda-feira, 5, o enterro do caminhoneiro Wenceslau Ribeiro, de 53 anos que faleceu no sábado, 3, no Hospital Regional de Porto Nacional. Segundo familiares informaram Conexão Tocantins o caminhoneiro foi vítima de espancamento por parte de alguns membros da Polícia Militar.

Tudo começou na quinta-feira, 1º, quando o caminhoneiro teria parado próximo a uma barraca de espetinho com o caminhão e o som ligado. Alguns clientes teriam acionado a Polícia por causa do barulho. A abordagem dos policiais foi agressiva, segundo informou o filho do caminhoneiro Célio Ribeiro ao Conexão Tocantins.

O filho está com a xérox do Boletim de Ocorrência onde consta que a caminhoneiro deu entrada às 2h20 da madrugada e não às 23h45, horário que a abordagem teria sido feita. “Eles o espancaram antes de levar para a delegacia”, frisou.

O filho conta que o pai teria suplicado para que os policiais parassem com o espancamento. “Testemunhas viram ele apanhando na delegacia também”, completou o filho. A Polícia Civil ainda não respondeu ao Conexão Tocantins sobre a ocorrência.

Sargento Aurélio, Cabo Matos, e o soldado Almiron são os PMs que fizeram a abordagem , segundo consta no Boletim de Ocorrência.

Na sexta-feira, 2, o caminhoneiro deu entrada no Hospital Regional de Porto Nacional mas não resistiu aos ferimentos, segundo a família. Os próprios policiais teriam levado o caminhoneiro para o atendimento. “Meu pai era um pai de família que cresceu e viveu aqui em Porto. Era um homem de bem, trabalhador, não era bandido”, salientou. O caminhoneiro deixou sete filhos.

A versão da PM

O Coronel Abelardo conversou com o Conexão Tocantins sobre o assunto e frisou que a participação da PM na ocorrência foi apenas para levar Wenceslau à delegacia de Polícia Civil. “O sujeito estava embriagado no centro da cidade, não estava conseguindo nem ficar em pé. Nós temos o termo de entrega onde consta que ele foi deixado na delegacia sem nenhum machucado”, argumenta.

O Ministério Público Estadual já solicitou que os policiais envolvidos na ação sejam ouvidos e o Coronel confirmou os depoimentos.

A 2ª Promotoria de Porto Nacional está averiguando o caso. O procurador André Ramos Varanda é o responsável.