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Polí­tica

Foto: Divulgação

Durante do café da manhã com a imprensa promovido pelo empresário Carlos Amastha, recém filiado ao Partido Progressista, o presidente regional do Partido, deputado federal Lázaro Botelho, comunicou, depois de anunciar a filiação do dono do Capim Dourado Shopping ao PP, a pré-candidatura de Amastha à Prefeitura de Palmas.

Já em tom de pré-campanha eleitoral, o deputado frisou que antes mesmo da filiação de Amastha no PP, já havia um “namoro” entre a legenda e o empresário. “Antes de conhecer o Carlos, eu já tinha sido procurado pelo vice-presidente, Ricardo Barros, e ele me recomendou procurar o Carlos Amastha. Ele é um grande empresário que também tem uma visão política”, disse.

Lázaro ainda frisou que, com o anúncio da pré-candidatura de Amastha, agora começa o trabalho interno do Partido para que seu nome seja fortalecido e ganhe corpo para a disputa eleitoral no ano que vem. “Vamos ter contato com os diversos partidos que estivemos juntos na campanha passada e com certeza esses partidos se unirão em torno de um candidato dessa coligação. Pelo trabalho que o Carlos está fazendo, ele vai sair na frente nessa campanha”, frisou.

A iniciativa do PP, de acordo com seu presidente, era fortalecer o Partido na capital. De acordo com Botelho, Palmas era o ponto fraco da legenda, que pretende lançar candidaturas em todos os municípios do Tocantins. “O PP terá candidatos em todos os municípios do Tocantins, mas na capital ainda estava indefinido”.

Grupo Multipartidário

Antes de deixar o PV e se filiar ao PP, Carlos Amastha havia coordenado a criação de um grupo inicialmente suprapartidário que, posteriormente se tornaria pluripartidário conforme o próprio empresário. Um ponto que pode ser notado nessa formação é a forma como os possíveis candidatos do grupo deverão se articular para ter o apoio dos demais partidos.

Nesse sentido, o pré-candidato deixou claro que vai ser necessária uma conversa profunda com todos os membros do grupo para que haja um apoio mútuo visando a Prefeitura de Palmas no ano que vem. “Dentro de um grupo multipartidário, temos diversas frentes. Vamos navegar em uma linha de candidaturas independentes pró-palmas e vamos ter que adequar nossas bandeiras”, completou.

Apoio do governador

O empresário e futuro candidato a prefeito de Palmas ainda frisou que o PP está aberto a conversar com todas as frentes políticas, independente de estarem na situação ou oposição ao atual governo. Este, aliás, foi um dos motivos que levou Amastha a optar pelo PP, mesmo sendo fortemente sondado pelo presidente regional do PT, Donizeti Nogueira. Amastha explicou que não poderia integrar um Partido que já tem desavenças com o governo e que não fará política contra o prefeito Raul Filho ou o governador. “Eu não Posso entrar em um partido que já está brigando. Eu não vou entrar em uma briga dessa. Qualquer candidato, eleito pelo PP, terá o apoio do governador Siqueira Campos”, disse.

A fala de Amastha foi corroborada por Lázaro, que informou que, mesmo tendo apoiado Carlos Gaguim na eleição do ano passado, conta com o apoio do governador Siqueira Campos (PSDB), caso o PP atinja o Paço Municipal de Palmas. “O Amastha, despontando na Política, poderá ter o apoio do governador. O PP está aberto a receber apoio de qualquer Partido. Ele vai iniciar a candidatura dentro do próprio PP. No decorrer da campanha vão haver coligações. Estamos de braços abertos para receber o apoio de onde vier”, frisou.

Oposição interna

Um dos principais nomes que se opuseram à indicação do empresário à candidatura para prefeito de Palmas foi o vereador Aurismar Cavalcanti (PP). Por diversas vezes, o vereador fez questão de frisar que o Partido deveria ter um nome com maior experiência para tentar o cargo.

Contudo, segundo Lázaro Botelho, a conversa foi feita e o vereador foi convencido de não abandonar o Partido. Mas o presidente do PP deixou claro que, mesmo contando com Cavalcanti, não pode o obrigar a permanecer na legenda. “Nós somos partido que tem total liberdade. A pessoa só fica no Partido até o dia que quer. Nós não vamos forçar ninguém a ficar no partido. Nós queremos que o Cavalcante permaneça, queremos que ele seja candidato a vereador pelo partido”, completou.