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Polí­tica

Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, 26, os líderes do Democratas no Tocantins, a deputada federal Dorinha Sehabra e o deputado estadual Osires Damaso – presidente regional do partido, comentaram a situação gerada com a criação do PSD.

Durante o encontro realizado na sede do DEM, em Palmas, o presidente da legenda, Osires Damaso frisou que, depois da turbulência gerada com a notícia da criação do PSD e da dissolução dos diretórios municipais do partido, o Democratas já está com 109 comissões provisórias prontas e outros 25 com a documentação organizada. “Até o final do dia nós teremos comissões provisórias organizadas e em condições de concorrer às eleições do ano que vem em 124 municípios”, completou.

A criação do PSD, aliás, foi um assunto recorrente durante a coletiva. De acordo com Damaso, uma das intenções com a criação da nova legenda, é a “destruição” do DEM. “Temos esse novo partido que tem buscado todas as nossas lideranças. E o foco deles é o DEM”, disse.

Depois da notícia da possível criação de uma nova legenda, ficou notório que houve uma verdadeira debandada de mandatários e líderes políticos do DEM para compor a nova sigla, caso seja aprovada pelo STF. No entanto, depois do pedido de vistas pelo Supremo, a criação do PSD ainda ficou com sua validade indefinida, o que poderá levar a uma nova onde de retorno ao Democratas. Contudo, o tratamento desses “rebeldes” será diferenciado, segundo a deputada Dorinha. “É óbvio. Se uma pessoa tenta a saída de um partido, é por que ela não está satisfeita dentro do partido. Esse tratamento será diferente. Eles terão que lutar para reconquistar seu espaço dentro do DEM”.

Além disso, uma outra ação que o DEM pretende tomar, caso seja concretizada a criação do PSD, será buscar na justiça os mandatos daqueles que saírem do partido. “É uma deliberação aprovada no senado, que o mandato pretende ao partido e não à pessoa”, disse Dorinha. E a ação não diferenciará nomes que deixaram o DEM. Quando questionada sobre a possibilidade de buscar o mandato da senadora Kátia Abreu, Dorinha foi enfática. “Qualquer mandatário”, disse.

Um ponto positivo com a criação do PSD e da saída de alguns nomes do partido, de acordo com Damaso, foi uma redemocratização do Democratas. Segundo Damaso, o DEM não terá, a partir de agora, apenas um mandante. “O Democratas não tem mais dono”, disse, sobre a senadora Kátia Abreu.