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Educação

Foto: Divulgação

Em sua 8ª edição, o Parlamento Jovem Brasileiro (PJB), projeto da Câmara dos Deputados, em Brasília, contou, entre os dias 26 e 30 de setembro, com a participação de 77 estudantes de todo o Brasil, que tiveram a oportunidade de vivenciar o processo democrático ao serem inseridos na realidade de uma jornada parlamentar na própria Câmara. Além desta experiência, os alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio escolhidos elaboraram projetos de lei próprios, todos sujeitos a passar pelas etapas de um processo legislativo comum; e assim aconteceu com Karolainy Ribeiro de Moura, do 3º ano do Centro de Ensino Médio Professor Florêncio Aires, de Porto Nacional, que representou o Tocantins e elaborou um projeto que prevê a inclusão do Xadrez como disciplina em todas as fases do ensino nacional, da Educação Infantil à do Ensino Médio.

Conforme explica a jovem parlamentar tocantinense, os cinco dias nos quais ela pôde experimentar o dia-a-dia dos parlamentares brasileiros no desempenho das respectivas funções foram muito positivos. “Passamos por experiências enriquecedoras, únicas, marcantes. Durante essa semana, passamos por um processo de ‘cidadãos ativos’, exercendo a voz do Brasil como representantes dos milhares de jovens do País. Desejo que no próximo ano outros jovens recebam e agarrem essa oportunidade de participar do PJB, e a vejam principalmente como uma forma de crescimento pessoal e político”, pontuou Karolainy.

Protagonismo juvenil

A participação da tocantinense foi operacionalizada pela Superintendência de Desenvolvimento da Educação da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria de Currículo, Formação, Programas e Projetos. Segundo a coordenadora de currículo e formação da Seduc e coordenadora estadual do PJB, Cláudia Regina de Oliveira Miranda, durante os dias de participação, os alunos assistiram a palestras, participaram de debates, ouviram orientações de servidores da Câmera e dedicaram horas de estudos e trabalhos para elaborar e apresentar uma série de projetos de lei que, na opinião deles, trariam benefícios à sociedade, o que é digno de comemoração. “Os nossos jovens estão cada vez mais interessados em exercerem a postura de protagonistas juvenis, e a experiência do Parlamento Jovem foi incrível, pois vivenciamos um espaço de debate e conscientização política dos estudantes brasileiros. Foi um verdadeiro exercício de cidadania, onde aprenderam a hora de falar e de ouvir; além de conhecerem o papel político que têm na sociedade”, destacou Cláudia Regina, revelando, ainda, que nesta edição do PJB, que teve tema livre, mais da metade dos projetos foi ligada à área educacional.

Política na resolução de divergências

Para o presidente da comissão executiva do Parlamento Jovem Brasileiro, deputado federal Jean Wyllys, o programa é uma antítese a um caminho que vem ridicularizando indevidamente a política. “Não há construção de mundo sem política e é importante que os nossos jovens tenham esta compreensão. Estes jovens que participam do projeto representam a pluralidade brasileira e aqui percebem que onde há pluralidade existe conflito, e é no campo da política que se resolvem as divergências”, ressaltou Jean Wyllys.

Já de acordo com o diretor da coordenação de Relações Públicas da Câmara Federal, Flávio Elias, a escolha das temáticas pelos estudantes demonstra o grau de maturidade que o PJB já alcançou desde a primeira edição, ocorrida ainda em 2004. “O programa chegou a 2011 com um nível de maturidade diferente, em todos os aspectos. Um dos diferenciais desta edição foi a maioria dos projetos estar relacionada, principalmente, à Educação e, também, a áreas que envolvem responsabilidade social”, afirmou o diretor. (Ascom Seduc)