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Cultura

Foto: Divulgação

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Os povos remanescentes de Quilombos chamam a atenção pelos seus costumes. Nas Comunidades de Lagoa da Pedra, em Arraias, a 415 km de Palmas, e Redenção, em Natividade, região Sudeste, por exemplo, são cerca de dois séculos de história.

Porém no Tocantins, é preciso avançar mais no conhecimento sobre os aspectos históricos, culturais, lingüísticos e sociais dessa população. Com a intenção de estudar de maneira científica as comunidades, a pesquisadora da UFT – Universidade Federal do Tocantins, Karylleila dos Santos Andrade desenvolve uma pesquisa com o apoio da Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia, por meio do PPP – Programa Primeiros Projetos desenvolvido em parceria com o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Dos vinte grupos já reconhecidos como remanescentes de quilombolas o projeto científico vai trabalhar diretamente com as comunidades: Morro de São João, município de Santa Rosa, a 140 km de Palmas, Corrente Grande e Malhadinha, em Brejinho de Nazaré, região Central, Redenção, em Natividade, e Lagoa da Pedra, em Arraias, na região Sudeste. “Nós escolhemos estes grupos pela proximidade e pelo valor histórico que eles tem para o Estado do Tocantins”, explica a pesquisadora Karylleila dos Santos Andrade.

O Estudo tem a participação das pesquisadoras, Kátia Maia Flores doutora em história, Roseli Bdnar, mestre em Literatura e de alunos dos cursos de artes e filosofia da UFT. No primeiro momento será feito um contato de reconhecimento para que a comunidade perceba a importância da pesquisa para o local.

“O projeto aborda os conhecimentos desses povos porque nós não temos ainda um trabalho de pesquisa do ponto de vista das práticas culturais e históricas dessas comunidades”, informa Karylleila Andrade, que é doutora em Lingüística,

A pesquisadora também destaca que o intuito do estudo é sistematizar o conhecimento dos povos quilombolas do ponto de vista acadêmico e intelectual, para que a sociedade conheça as práticas culturais e sociais dessa população afrodescendente.

No final da pesquisa que será realizada no prazo de dois anos será publicado um livro com as informações e dados obtidos a partir das visitas in loco, e também um acervo fotográfico e um vídeo. Ainda será montado um espaço em cada comunidade, onde o morador vai ter acesso ao material da pesquisa. “Queremos ainda que o projeto seja ampliado e ganhe mais abrangência gerando outras pesquisas e estudos,” comentou a pesquisadora Karylleila Andrade.