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Campo

Foto: Juliano Ribeiro

O coordenador de Perímetro Irrigado do Projeto Manoel Alves, da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Ítalo Marcel Costa Conceição acompanhou na tarde desta segunda-feira, 9, irrigantes do Projeto em uma visita a superintendência do Banco da Amazônia. Na pauta da reunião a renegociação de operações de credito rural no âmbito do Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. O pedido tem como base a resolução de nº 4.028 de 18 de novembro de 2011, emitida pelo Banco Central.

De acordo com o texto da resolução são beneficiários os agricultores familiares e demais produtores rurais enquadrados no Pronaf, nas operações contratadas até 30 de junho de 2010, com encargos financeiros de 2% a.a. Os irrigantes foram recebidos pelo superintendente interino do Banco da Amazônia, Miguel Nuno Seiffert Simões. Segundo o coordenador a inadimplência inviabiliza novos empréstimos, prejudicando o desenvolvimento da região. “A proposta dos irrigantes é comprometer pagamento de 10% do saldo devedor vencido e composição/prorrogação do saldo remanescente”, frisou Marcel.

O coordenador disse que a Seagro está ajudando os irrigantes porque o prazo para protocolo da manifestação de interesse pelo crédito é somente até 29 de fevereiro, e posteriormente o prazo para contratação da operação vai até 29 de junho. Marcel acrescentou que o tempo é curto para a mobilização dos produtores, e que as dívidas dos irrigantes junto ao Banco do Brasil já foram renegociadas. “Inclusive já protocolamos alguns projetos para novos financiamentos, falta agora a negociação com o Banco da Amazônia”, completou.

Visita ao Gabinete

Antes da reunião com o Banco da Amazônia os irrigantes visitaram o Secretário Executivo da Seagro, Ruiter Pádua. Na ocasião as demandas do Projeto foram levantadas, como as obras de drenagens, energia elétrica, titulação e centro administrativo para o Distrito. Padua reforçou aos produtores que o Governo do Estado deseja que o distrito assuma a operação do projeto, reforçando a necessidade da criação de uma cooperativa para orientá-los, tanto na administração, produção e negociação, quanto nas demandas e solução de pendências.

“O Governo do Estado está fazendo sua parte, reestruturando a infra-estrutura e a regularização da documentação. Queremos que o projeto comece a produzir em grande escala e traga benefícios e desenvolvimento para a região”, disse o Secretário Executivo. O produtor Tomaz Eufrásio dos Santos ressaltou que atualmente as culturas mais relevantes no projeto são: maracujá, banana, abacaxi, mandioca e pupunha, e pediu ao Governo do Estado que ajude com alternativas de levar indústrias para absorver as demandas da região. “Produzir não é o problema dos produtores, hoje o problema é comercializar”, reclamou.