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Cultura

O Comitê Memória, Verdade e Justiça do Tocantins realiza nos dias 19 e 20 de abril, no auditório do Ceulp/Ulbra, o Seminário “40 Anos da Guerrilha do Araguaia - Direito de Informação, Justiça de Transição e Direitos Humanos. A luta pela Verdade, Memória e Justiça – Comissão Nacional de Justiça e Comitês Regionais”.

O evento tem como objetivo apresentar o que foi a Guerrilha do Araguaia e sua importância enquanto fato histórico para o Tocantins e também para o Brasil. “É muito importante trazer essa discussão para o Estado, principalmente porque aqui foi palco da Guerrilha e é um dos estados onde estão sendo realizados os trabalhos de investigação sobre os desaparecidos políticos”, ressalta a professora Priscila Madruga, coordenadora do Comitê no Tocantins.

Na quinta-feira, 19, o evento inicia às 19h, com uma mostra de filmes sobre a Ditadura Militar e Guerrilha do Araguaia, serão exibidos os filmes “Camponeses do Araguaia - A guerrilha vista por dentro” e “Araguaya: a Conspiração do Silêncio”.

Na sexta-feira, 20, também às 19h, será realizada uma mesa redonda com os seguintes temas: Comissão Nacional da Verdade e Comitês Regionais; 40 Anos da Guerrilha do Araguaia, Corte Interamericana de Direitos Humanos e STF e Justiça de Transição e Direito de Informação.

Participam dos debates o coordenador geral da Comissão Especial Sobre Mortos Políticos Desaparecidos, Gilles Gomes, que representará a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário; Romualdo Pessoa, professor da Universidade Federal de Goiás, autor do livro"Guerrilha do Araguaia - A Esquerda em Armas", professora Priscila Madruga, e o representante da OAB – TO, Deocleciano Gomes.

O Seminário que é gratuito e direcionado à toda sociedade, é organizado pelo Comitê com a colaboração do Centro de Direitos Humanos de Palmas, Comissão de Direitos Humanos da OAB/TO, Ministério Público Federal, Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos e Ceulp/Ulbra.

Comitê

O Comitê Memória, Verdade e Justiça do Tocantins, criado em 17de novembro de 2011, tem como objetivo auxiliar a Comissão Nacional da Verdade nainvestigação e divulgação de informações sobre a Guerrilha do Araguaia e firmar parceria com o GTA - Grupo de Trabalho do Araguaia, responsável pela investigação de mortos e desaparecidos políticos da região do Araguaia, além de“elucidar a história referente ao episódio da Guerrilha do Araguaia à populaçãoTocantinense”, informa a coordenadora Priscila Madruga.

O grupo é formado pelo Curso de Direito do CEULP/ULBRA, OAB/TO,Ministério Público Federal, Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Comissão de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Tocantins, Centro de Direitos Humanos de Palmas, entre outras organizações.

Guerrilha do Araguaia

O movimento guerrilheiro no Araguaia começou no fim dos anos 60 para lutar contra aditadura militar. Organizado por pessoas ligadas ao PCdoB, o grupo acabouconstituindo o primeiro movimento que enfrentou o Exército durante o regimemilitar. No conflito, morreram mais de 60 pessoas e muitos corpos continuam desaparecidos. (Assessoria de imprensa com informações da Agência Brasil)