Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Membro da comissão especial criada para tratar da reformulação do Ensino Médio, a deputada federal Dorinha Seabra Rezende (DEM) sugeriu, nesta última quarta-feira, 11, a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) para discutir sobre o tema.

Para a parlamentar, é necessário definir uma identidade para o ensino médio e a participação dos estudantes será muito importante para enriquecer o debate. Professora Dorinha também sugeriu a participação de representantes da Unesco, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed). “Em que eixo deve ser discutido e trabalhado o ensino médio? É preciso encontrar um caminho que leve à condição de identidade para o ensino médio sem perder a ligação com a educação profissional e essas entidades poderão trazer uma contribuição bastante positiva. A própria Unesco vem estudando e discutindo o ensino médio em vários países, o que mostra que a crise não é só brasileira”, disse.

O ensino médio, segundo a deputada, vai num caminho diferente das universidades, o que teria a ver com a formação do professor e qualidade do ensino. “Os professores não tem uma formação que seja realmente preparada para a realidade da escola. É preciso uma formação de qualidade e adequada para o professor”.

A deputada ressaltou ainda que a oferta majoritária do ensino médio no País é feita pelos estados, tendo a União uma parcela pequena através de institutos federais. De acordo com Dorinha, essa situação precisa ser revista. “Hoje, programas como o Pronatec trouxeram recursos novos que não estão sendo apropriados pela rede pública. O sistema S está fazendo uma parcela de formação”, pontuou. Dorinha citou o exemplo da Alemanha, onde muitas empresas investem no ensino técnico dentro das escolas públicas para garantir uma formação de qualidade, sem necessariamente interesse particular. “Nesses casos, em média 30% da carga horária é executada na escola e restante na empresa, mas não como trabalho e sim aprendizado”, disse. (Assessoria)