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Polí­tica

O deputado estadual Marcelo Lelis (PV) apresentou, na manhã desta quarta-feira, 7, durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Tocantins, requerimento solicitando maior policiamento nos postos fiscais do Tocantins. O requerimento apresentado gerou reação imediata principalmente do representante dos policiais na Assembleia Legislativa, deputado Sargento Aragão (PPS). 

Atualmente, de acordo com levantamento do Sindifiscal, o Estado demanda um contingente de 122 policiais para cuidar da segurança de 22 postos fiscais espalhados pelo interior do Tocantins.

Para tentar sanar o déficit de policiamento, funcionários filiados ao Sindicato dos Auditores Fiscais do Tocantins (Sindifiscal), compareceram ao parlamento pedindo apoio dos deputados depois que assaltantes estouraram caixa automático do posto fiscal na cidade de Talismã.. “O requerimento nasceu justamente da visita dos servidores do Sindifiscal que procuraram todos os deputados”, explicou Lelis, que solicitou, ainda, que sejam incluídas no concurso da PM, previsto para o ano que vem, vagas para suprir esta necessidade.

Já o deputado Sargento Aragão, em tom bastante áspero, lembrou de matéria apresentada por ele, solicitando o aumento de vagas no concurso da PM. O deputado ainda frisou que o número de policiais é insuficiente, bem como a previsão de vagas para o certame. “Nós precisamos de um concurso de pelo menos 1000 policiais. E agora estão falando em aposentadoria de mais de 400 policiais. O governador pegou esta polícia com um contingente de 4200 policiais. Agora tem 3300 policiais”, disse.

A situação fica complicada por conta da aproximação de aposentadoria de cerca de 430 policiais. Desta forma, mesmo com a aprovação e efetivação dos 300 novos policiais, o Estado ainda fica com um déficit de 130 membros da PM.

Líder de governo

Em resposta ao posicionamento de Aragão, o líder de governo, deputado Osires Damaso (DEM), frisou que é preciso pensar em uma política estratégica de contingenciamento de segurança nos postos fiscais do Tocantins. Para o deputado, é preciso repensar sobre o principal atrativo para os bandidos nos postos fiscais: caixas eletrônicos.

Damaso ponderou que não se pode simplesmente retirar os caixas dos postos, por conta da necessidade dos caminhoneiros, mas salientou a necessidade de se pensar em uma forma de garantir a segurança para funcionários e usuários dos setores. “O que está atraindo os bandidos são os caixas eletrônicos. Tem que se pensar em um política inteligente por que muitas vezes o caminhoneiro precisa ficar a noite inteira, muitas vezes com cargas perecíveis, para pagar uma diferença de R$ 100,00 e poder seguir sua viagem”, completou.