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Campo

Foto: Divulgação

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Colocar fogo no pasto para que surjam novos brotos e assim o gado possa ser alimentado no período seco é uma técnica antiga usada pelos agricultores. Apesar de simples, não é a mais indicada. Além de prejuízos ao meio ambiente, devido à poluição, morte de animais e o risco de uma queimada descontrolada, o fogo é prejudicial ao solo e ao capim.

O assessor executivo e engenheiro agrônomo da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária, Fernando Garcia, explica que, através do Programa ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, a Seagro repassa aos agricultores novas tecnologias que serão úteis neste período de estiagem e que irão garantir ao pecuarista formação de forragem de maior quantidade e qualidade, bem como a diminuição da emissão de gases de efeito estufa. “A recuperação de pastagens degradadas, por exemplo, consiste na adubação e manejo adequado. Enquanto no programa integração lavoura-pecuária e sistemas agroflorestais, o produtor consegue integrar as atividades agrícolas, pecuárias ou florestais realizadas na mesma área, em cultivo consorciado e intercalado, deixando o solo sempre coberto e fértil em todas as épocas do ano”, explica Garcia, que é coordenador do Grupo Gestor do ABC-TO.

Garcia lembra que o processo de queima do pasto não traz vantagens ao pecuarista, ao contrário, ele estará sujeito a perdas. “Quando se queima o pasto, matam-se as ervas daninhas da pastagem, mas também os microorganismos do solo, deixa a área descoberta e sem proteção,  e quando as queimadas são sucessivas, todos os anos, a pastagem pode ser totalmente destruída”,  acrescenta. Depois de todos esses prejuízos, se a pastagem ainda puder ser recuperada, o pecuarista vai gastar muito dinheiro para isso. O retorno do investimento ocorrerá em média em três anos.

Alternativas

Dentre as alternativas para evitar a queima da pastagem cultivada estão diversificação das espécies de forrageiras, divisão de invernadas, consorciação com outras atividades, banco de proteínas, adubação de formação e manutenção, e ainda os aceiros. Para um melhor aproveitamento do capim seco, o recomendado é que ele seja transformado em silagem ou feno, o que permitirá aproveitamento pelos animais durante todo o período de estiagem. (Ascom/Seagro)