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Polí­cia

A  Polícia Civil, com base nos diálogos interceptados entre os suspeitos de participar do esquema de corrupção que fraudava a emissão de licenças ambientais no Tocantins, revelado durante a operação “Licença Negra” deflagrada no ultimo dia15, identificou como funcionava o pagamento de propina aos responsáveis pela liberação dos documentos.

As escutadas revelaram que o esquema criminoso funcionava da seguinte forma: ao dar entrada no processo o interessado necessariamente teria que contratar um projetista (consultor), o qual, via de regra seria, um engenheiro florestal ou ambiental. O Projetista contratado era o responsável por negociar o pagamento da vantagem financeira visando dar celeridade ao processo.

Como já era de conhecimento dos projetistas ( consultores) a existência do esquema, ao serem contratados, os mesmo  já questionavam aos proprietários das terras  se  teriam o interesse em “acelerar” os processos, explicando que,  para que os  procedimentos  não ficassem parados por muito tempo dentro do Naturatins, era necessário o pagamento de “vantagens econômicas” a alguns dos servidores/técnicos responsáveis pela liberação das licenças.

Em alguns trechos das gravações telefônicas, foi possível evidenciar a existência de diálogos entre os acusados no qual comprovou-se que alguns processos no Naturantis, somente eram impulsionados após o pagamento de propina. De acordo com o despacho do Juiz, Rafael Gonçalves de Paula, com base nas investigações feitas pela Polícia Civil, fica comprovada a existência de corrupção ativa e passiva e ainda a formação de quadrilha com a finalidade de acelerar os processos administrativos dentro do Naturatins. (Com informações da SSP)