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Saúde

Foto: Divulgação

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A Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), alerta para a síndrome da disfunção lacrimal, conhecida também como olho seco, a mesma deixou de ser um problema exclusivo de pessoas com mais de 50 anos e cada vez mais vem sendo observado nos consultórios oftalmológicos como queixa frequente também entre os jovens. Segundo a médica oftalmologista, Núbia Cristina de Freitas Maia, que atende no Hospital Geral de Palmas (HGP), o desconforto ocular pode piorar com a exposição exagerada em frente a telas de computadores e tablets.

Depois de um dia inteiro de trabalho em frente à tela do computador, o desconforto visual é quase inevitável para alguns profissionais que dependem do equipamento em suas atividades. Este é o caso da servidora pública Mariangela Freitas, que afirma conviver com irritações nos olhos há algum tempo. “Geralmente no final do dia, tenho a sensação de areia nos olhos, coceira, ardência, e vermelhidão, isso me incomoda muito e às vezes dificulta um pouco o desempenho das minhas atividades no meu dia a dia”, relata.

Segundo a oftalmologista, Núbia Cristina, esses sinais citados pela servidora, estão entre os principais sintomas do olho seco. “É comum o ressecamento dos olhos quando se está concentrado em frente ao computador devido à diminuição da frequência do piscar. Dois terços dos pacientes que têm a síndrome do olho seco são devido à evaporação rápida da lágrima, quadro que pode se agravar em pacientes expostos a ambientes climatizados e com baixa umidade do ar”, explica a doutora.

Causas

Para compreender melhor a síndrome do olho seco, a oftalmologista explica que a doença pode se manifestar de duas formas: a forma mais comum é a evaporativa, quando o olho produz lágrimas que evaporam rápido demais, em decorrência de alterações das pálpebras ou na qualidade lacrimal ou por fatores ambientais que favorecem o ressecamento da superfície ocular. A outra forma é por deficiência na produção da lágrima, em decorrência de doenças que acometem a glândula lacrimal. 

A doutora Núbia Cristina reforça que aos primeiros sintomas é importante procurar um oftalmologista para definir o diagnóstico e a causa.  Alguns cuidados podem evitar o ressecamento dos olhos. “A gente orienta o paciente que tem síndrome da lágrima evaporativa a dar pausa nas atividades a cada cinquenta minutos e fechar os olhos por alguns segundos, procurar piscar mais vezes, usar colírios de lágrimas artificiais para ajudar a manter a lubrificação ocular. É bom também se evitar ar condicionado e ventilador direcionados para o rosto, pois eles contribuem para a evaporação rápida da lágrima”.

Entre as mulheres ainda existe outro fator que pode está ligado à diminuição da qualidade da lágrima alerta a médica. “Para as mulheres a maquiagem pode provocar irritações na superfície ocular. Então recomendamos a suspensão do uso da maquiagem por um período.”, orienta.

Tratamento

À medida que piora a produção de lágrima, o paciente pode desenvolver um processo inflamatório, com lesões na superfície ocular e comprometer a acuidade visual.

É importante ressaltar que existe tratamento para o olho seco.  O uso de colírios lubrificantes, colírios anti-inflamatórios, eventuais procedimentos cirúrgicos são algumas medidas terapêuticas. Mas o correto é procurar o profissional que indicará o melhor tratamento. (Ascom Sesau)