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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O prefeito de Santa Fé do Araguaia que está afastado do cargo, Fleury José Lopes não compareceu á audiência de instrução nesta terça-feira, 28, na 3ª vara cível em Araguaína. Além de não comparecer ele não encaminhou nenhum representante. Segundo o juiz da 3ª vara, Alvaro Nascimento Cunha a fase de ouvir testemunhas  e o prefeito já foi encerrada. “ Somente o Ministério Público compareceu o prefeito nem mandou representante. Agora devo analisar as acusações e dar o parecer”, frisou.

O juiz explicou que o Ministério Público acusa o gestor afastado de uma série de irregularidades como locação de imóveis em nome da esposa, fraude em licitações além de contratações irregulares. “ São uma série de acusações, vou estudar o processo”, disse.

A Assessoria do prefeito afastado entrou em contato com o Conexão Tocantins e alegou que Fleury não compareceu porque não foi intimado. Ainda conforme a assessoria nem mesmo as testemunhas do MPE foram intimadas.

A ausência do prefeito para se defender das acusações aconteceu num momento em que o Tribunal de Justiça analisa um pedido de reconsideração da decisão que o afastou do cargo. A expectativa é que o desembargador Ronaldo Eurípedes se manifeste sobre o pedido do prefeito nos próximos dias. O mandado de segurança foi concluído para despacho do desembargador nesta quarta-feira, 29.

No dia 17 deste mês o desembargador José de Moura Filho indeferiu o pedido de liminar do prefeito que tentou voltar ao cargo após ser afastado da prefeitura.

Desde o dia sete de janeiro a vice, Elsir Soares Ferreira (DEM) está à frente da prefeitura e tenta reorganizar a máquina pública.

Denúncia

Fleury foi alvo de uma Ação Civil Pública por parte do MPE acusado de beneficiar esposa e parentes com o dinheiro público, através de superfaturamento de gastos com reformas de prédios, fixação de valores de aluguel acima do mercado, inclusive de beneficiar a ex-esposa do irmão e agraciar de forma ilegal marido de sobrinha, concedendo lhe aumento nos vencimentos sem qualquer aparente supedâneo legal. O prefeito afastado é acusado ainda do crime de desobediência, em razão do não cumprimento da ordem judicial anterior de afastamento do cargo.(Matéria atualizada às 18h20min)