Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Educação

Foto: Divulgação Paula Raquel Barreto estudante de engenharia ambiental Paula Raquel Barreto estudante de engenharia ambiental
  • Mahingreth Fraga estudante de Engenharia Ambiental

Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT) estão sendo impossibilitados de promoverem colação de grau e assim se formarem, devido à paralisação dos técnicos administrativos desde o dia 20 de março. O movimento #MeDeixaFormarUFT no facebook mobilizou os estudantes da instituição que contam também com o auxílio dos pais e amigos com cartazes ou escrita no corpo chamando atenção do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFT (Sintad).

Paula Raquel Barreto, estudante de engenharia ambiental, informou ao Conexão Tocantins na manhã desta terça-feira, 15, que o movimento foi iniciativa das comissões de formatura, e que às 14 horas de hoje acontecerá reunião na UFT para debater o assunto, com as comissões de formatura, centros acadêmicos e DCE.

Ainda segundo Paula Raquel, as colações de grau estão marcadas para começarem na próxima terça-feira, 22. “Já fechamos contrato desde o início do ano. Também já pagamos tudo relativo as colações, culto ecumênico, baile de formatura e aula da saudade, a colação de engenharia ambiental deverá acontecer dia 25”, disse.

“Estamos otimistas, a nossa campanha #MeDeixaFormarUFT está dando resultado. A nossa decisão de ir no MPF não foi precipitada, e o mais certo a fazer seria oficializar toda decisão e negociação e mostrar os prejuízos que teríamos com a não colação de grau. Não estamos contra os grevistas, mas a nossa situação precisava ser analisada melhor, por isso a campanha nas redes sociais ”, afirmou Paula.

Mahingreth Fraga, também estudante de engenharia ambiental, afirmou ao Conexão Tocantins que: “Já esta tudo marcado, culto ecumênico, colação de grau e baile. Estamos apenas esperando a liberação para colar grau, estamos dependendo apenas dos técnicos. Não sou contra a greve, pois sabemos que para conseguir alguma coisa, com relação ao Governo só funciona se tiver uma manifestação, greve, só conseguimos nossos diretos quando mobilizamos grande parte da comunidade ou do Brasil, mas como eles tem o direito de estar em greve, estamos também buscando nosso direito de formar, de colar grau.”, salientou.

Mahingreth Fraga ainda afirmou que ha sete anos é acadêmica da UFT e o momento de formatura é muito esperado, tanto por ela, quanto para os pais, familiares e amigos. “Acontece isso, dá um pouco de revolta, por causa de toda a espera e das dificuldades ao decorrer dos anos, longe de casa, da família”, disse.

Em busca de se formarem e não ficarem no prejuízo por já estarem com contratos assinados, orçamentos fechados para formaturas, estudantes da UFT protocolaram no dia 11 de abril representação no Ministério Público Federal (MPF) solicitando que a Justiça intervenha para que os técnicos administrativos com funcionários suficientes retomem aos trabalhos. Após notificação do MPF o Sintad terá 48 horas para manifestação.

Os calouros aprovados no vestibular 2014/1 dos campus Araguaína e Palmas também estão impossibilitados de realizarem matrícula, estando marcado para dia 22 de abril o início do semestre.