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Palmas

Foto: Divulgação

A um mês de completar 24 anos, Palmério Campos Guedes Feitosa foi o primeiro palmense nascido na mais nova capital do Brasil. Ele cresceu junto com a cidade e ao planejar o futuro não pensa em sair daqui. Pelo contrário, quer casar, ter filhos e contribuir com o crescimento da cidade.

A história dele começa bem antes de seu nascimento. Em busca de oportunidades e mais qualidade de vida, dona Joana Ribeiro Guedes, mãe de Palmério, chegou a Palmas em janeiro de 1990. Joana veio de Porto Nacional para trabalhar no primeiro mercado da Capital. Grávida de quatro meses, ela cozinhava, limpava o mercado e organizava as prateleiras. A mãe do primeiro palmense contou que no início morava em alojamento feito de madeirite.  

“Era sofrido, aqui sem energia, à base do lampião e muita poeira. Tudo era mato, mas sempre tive certeza que aqui era o lugar certo e todas aquelas dificuldades seriam compensadas no futuro”, recorda Joana.

Nascimento

Quando sentiu as dores do parto, dona Joana contou com a ajuda de um amigo para levá-la no único Posto de Saúde, mas não havia atendimento médico. Palmério nasceu no dia em que a seleção brasileira foi eliminada da Copa de 1990; o jogo era das oitavas de final, quando o Brasil perdeu de 1 x 0 para a seleção Argentina.

“Um amigo me levou de carro ao único Posto de Saúde que ficava na antiga Vila dos Deputados, mas lá o atendimento era feito só por enfermeiros e não tinha ninguém no momento. Era jogo do Brasil e todos estavam lamentando a derrota que o eliminou da Copa”, conta.

Devido à falta de atendimento era preciso ir para a maternidade de Porto Nacional, a 60 quilômetros da Capital, mas não deu tempo e o menino nasceu no banco do carro. “Quando estávamos chegando a Taquaralto ele nasceu dentre do carro mesmo. Terminamos de chegar em Porto, para cortar o cordão umbilical e fazer o curativo”, lembra.

Batizado

Na primeira missa, realizada no dia 24 de agosto de 1990, no lançamento do setor Jardim Aureny I, Palmério foi batizado. O governador Siqueira Campos e sua esposa à época, dona Aureny, foram os padrinhos. “Tudo começou com uma brincadeira. O governador foi no mercado e quando me viu grávida disse que se o menino fosse palmense ele batizava”, lembra.

O nome do menino foi escolhido pelo ex-patrão de Joana e é uma homenagem a Palmas e ao ex-governador. “Palmério é para homenagear Palmas e Campos é uma homenagem ao padrinho, o então governador Siqueira Campos”, explica.

Oportunidade

Orgulhosos, mãe e filho destacam que a Capital mais jovem do Brasil, é o lugar das oportunidades. “Sempre acreditei em Palmas. Aqui tive a oportunidade de crescer. Terminei o ensino médio e sou formada em Serviço Social. Continuo estudando, quero ser aprovada em um concurso público”, planeja.

Hoje, perto de completar 24 anos, Palmério afirma que não pensa em sair de Palmas. O sonho de ser jogador de futebol ficou na adolescência e hoje quer cursar Direito e exercer a advocacia. “Antes queria ser jogador de futebol, mas descobri que não levo muito jeito. Quero constituir família, casar, ter filhos, ser advogado e morar em Palmas até o fim da minha vida”, afirmou. (Secom Palmas)