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Meio Ambiente

Foto: Jeeferson Ferrari

Foto: Jeeferson Ferrari

Em um período em que as discussões sobre a preservação do meio ambiente ganham corpo, projetos para conservação de um dos nossos bens mais preciosos, a água, se tornam fundamentais para garantir vida, recursos, alimentos e, consequentemente, o abastecimento das cidades. Com este intuito, o governo do Estado, em parceria com instituições de ensino e outras entidades, está trabalhando para recuperar a bacia hidrográfica do Rio Gurupi, que corta a cidade de mesmo nome no sul do Estado. O projeto é uma realização da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades), com execução da Fundação UnirG e parcerias com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Universidade Federal do Tocantins (UFT), prefeituras municipais e organizações não governamentais.

A cidade de Gurupi, conforme informação da Semades, possui 32% dos bairros cortados de alguma maneira por águas provenientes da bacia hidrográfica do rio. Desta forma, o projeto de conservação da bacia hidrográfica do Gurupi se torna importante também para a saúde pública da população no município, que deixará de conviver diariamente com águas contaminadas. “O passo agora é a implantação efetiva do processo. Vamos criar o comitê da bacia hidrográfica dos rios Santo Antônio e Santa Tereza, da qual o Rio Gurupi faz parte, e vamos partir para a parte de educação ambiental junto à comunidade”, destacou o diretor de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos da Semades, Aldo Araújo.

Para o gestor, envolver a comunidade no processo de conservação de recursos hídricos é preponderante para a eficácia do projeto. “Este é um trabalho que poderíamos fazer, mas envolver a comunidade é muito importante quando pensamos no projeto como um bem duradouro. Quando inserimos a comunidade nas discussões, criamos um vínculo com a proposta. É isto que a gente chama de conscientização socioambiental”, destacou.

Coordenadora do projeto, a professora da Unirg, Nelita Bessa seguiu na mesma linha do diretor da Semades e frisou que o trabalho em parceria é mais eficiente. Conforme o projeto, a Fundação Unirg estará à frente de diversas metas a serem cumpridas para a conclusão do projeto de conservação da bacia hidrográfica do Rio Gurupi. Entre elas, está a formação do comitê de bacias, a realização de um diagnóstico detalhado e a coordenação do replantio de mata ciliar. “O nosso foco principal no projeto é a bacia urbanizada, pois 32% dos bairros de Gurupi são cortados de alguma forma pelas águas do rio”, enfatizou.

Para a professora, o envolvimento da comunidade acadêmica no processo de conservação ambiental é uma via que beneficia tanto às entidades educacionais envolvidas, quanto à comunidade. “Do ponto de vista acadêmico, podemos analisar em duas vias: uma delas, pela extensão, pois poderemos integrar a universidade com a sociedade beneficiada; e outra pela pesquisa, pois poderão ser feitas pesquisas mais avançadas sobre a bacia, por exemplo”, frisou.

Programas ambientais como os de conservação de bacias hidrográficas fazem parte da base de cálculo para a distribuição do ICMS Ecológico. Desta forma, segundo Nelita Bessa, uma discussão pode ser levantada como incentivo para a participação da comunidade no processo de preservação das águas urbanas e rurais do Rio Gurupi. “Estamos estudando uma proposta para a elaboração de um projeto de lei para a utilização deste dinheiro do ICMS Ecológico para incentivar a população a participar. (ATN)