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Polí­tica

Em depoimento inicial os presos informaram que o dinheiro seria para custear a campanha de Marcelo Miranda

Em depoimento inicial os presos informaram que o dinheiro seria para custear a campanha de Marcelo Miranda Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Em depoimento inicial os presos informaram que o dinheiro seria para custear a campanha de Marcelo Miranda Em depoimento inicial os presos informaram que o dinheiro seria para custear a campanha de Marcelo Miranda

Segundo o informou o G1 Goiás nesta sexta-feira, 19, os suspeitos presos em Piracanjuba, a 87 km de Goiânia, em um avião com R$ 500 mil e milhares panfletos do candidato a governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB) e do candidato a deputado federal Carlos Henrique Gaguim (PMDB), mudaram a versão inicial apresentada à polícia em relação à origem do dinheiro e do material de campanha.

O portal informa que três dos suspeitos alegam que os "santinhos" foram esquecidos na aeronave e o dinheiro é fruto de um empréstimo tomado em Brasília. A informação foi passada pelo delegado Ricardo Torres Chueire.

Segundo a polícia o depoimento inicial dos suspeitos prestado informalmente ainda na pista de pouso onde foram presos, dava conta que o dinheiro seria usado para custear despesas de campanha de Marcelo Miranda devido ao bloqueio das contas do candidato decretado pela justiça.

Aeronave

A aeronave pertence a um proprietário residente no Tocantins segundo informações do piloto durante o depoimento. Segundo a polícia informou ao G1, o piloto afirmou que recebeu ordens do proprietário do avião para que prestasse serviços a um integrante da campanha política do PMDB no Tocantins.

Ainda segundo o G1 Goiás, em relação aos santinhos, os suspeitos alegaram que o material não pertencia a eles. O avião, segundo eles informaram, teria sido utilizado a alguns dias pelo ex-governador Carlos Gaguim. Segundo o delegado informou ao G1, a polícia ainda não confirmou se a aeronave realmente foi utilizada pelo candidato.

Apreensão

Os suspeitos foram presos, nesta última quinta-feira, 18, e seguem detidos na cadeia da cidade, Marco Antônio Jayme Roriz, 46, o piloto Roberto Carlos Maya Barbosa, de 48 anos, Douglas Marcelo Alencar Schimitt, 38 anos, que comandaria o grupo e o segurança e Lucas Marinho Araújo, 24. Eles serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro,  associação criminosa e crime contra a ordem tributária.

Segundo o delegado Rilmo Braga, titular do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Itumbiara, a prisão aconteceu a partir de um monitoramento das pistas de pouso da região contra o tráfico de drogas. “Ontem, para a nossa surpresa, identificamos o pouso desse avião com características suspeitas em Piracanjuba. Utilizando de técnicas policias de vigilância monitoramos o local ate a chegada da Hilux com três elementos que iam de encontro com o piloto que já estava com a aeronave pronta para decolar com todo esse material e folhetos políticos apreendidos bem como R$ 500 mil em dinheiro”, explicou em entrevista à TV Anhanguera.

A polícia informou ao G1 Goiás que, "diante dos inícios fortes de crimes eleitorais", cópias do procedimento serão encaminhadas à Procuradoria Regional Eleitoral de Tocantins e ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado.