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Polí­tica

Com o objetivo de resguardar a igualdade entre os candidatos que disputam a eleição presidencial neste segundo turno, o Ministério Público Eleitoral (MPE) encaminhou requerimento solicitando ao Poder Judiciário intervenção em suposta entrega de títulos de posse do Incra. A ação aconteceria na sexta e sábado, 24 e 25 de outubro, às vésperas da eleição.

O Juiz Eleitoral da 1ª Zona Eleitoral, Álvaro Nascimento Cunha, publicou decisão nesta quarta-feira, 22, que acata as denúncias do MPE e suspende a entrega de títulos e/ou regularização fundiária. Para o autor do requerimento, Promotor Eleitoral da 34ª Zona Eleitoral, Alzemiro Wilson Peres Freitas, a suposta ação do Incra configura uso indevido da máquina pública e abuso de poder econômico e político em benefício de determinado candidato, partido ou coligação.

Ainda de acordo com o Promotor, outro “absurdo” é que a suposta entrega de títulos aconteceria exatamente ao lado da sede do MPE e do Cartório Eleitoral de Araguaína, no centro da cidade. “Lamentável é a conduta de quem determinou tal ato, na medida em que demonstra que estamos em 'terra sem lei'. Mais uma das expressões de que 'acreditam na impunidade'. Inadmissível”, disse Alzemiro.

A decisão do magistrado baseia-se no artigo 40 da Lei nº 9.504/97 e o não cumprimento implicará na prática do crime de desobediência, podendo, inclusive, culminar em prisão em flagrante. (Ascom MPE)