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Polí­tica

José Roberto afirma que o governo quer assumir papel que não é dele

José Roberto afirma que o governo quer assumir papel que não é dele Foto: Clayton Cristus

Foto: Clayton Cristus José Roberto afirma que o governo quer assumir papel que não é dele José Roberto afirma que o governo quer assumir papel que não é dele

O deputado do PT, José Roberto Forzani usou a tribuna nesta quarta-feira, 5, para questionar ações do atual governo. Ele citou a Lei 9504 no ano que se realizar eleição foca proibida distribuição de bens por parte da administração e criticou uma licitação que seria realizada pela pasta de Esportes. Segundo o deputado: “Esse governo que foi derrotado nas urnas só tem um papel preparar a transição para o próximo governo e não cometer irregularidades”, disse.

Segundo ele no dia sete de outubro a Secretaria de Esportes abriu licitação para distribuir materiais esportivos. “Temos que estar atentos, não trabalharam durante quatro anos e nestes meses que faltam querem dizer que estão fazendo alguma coisa”, disse. O parlamentar questionou a legalidade da licitação.

Ele citou o ditado “mentira tem perna curta” para se referir aos argumentos do deputado governista Ricardo Ayres. “O governo quer assumir um papel que não é dele a Assembleia aprovou a doação de lotes para os movimentos e o papel do Estado é entregar os documentos para os movimentos começarem as casas”, disse.Ele disse que os movimentos não concordam que o governo escolha as empreiteiras que vão construir as moradias.

O parlamentar disse que o movimento entregou mais de mil casas. “Quem não entregou nenhuma casa foi o governo que o senhor defende esse sim não entregou nenhuma”, disse.

Defesa do governo

O deputado estadual Wanderlei Barbosa (SD) defendeu o governo e disse que a pauta na Assembleia está parada e projetos de interesse dos servidores estão paralisadas também. “Não é porque o governador perdeu a eleição que o Estado vai parar”, disse. O parlamentar chegou a pedir ao presidente da Assembleia que aplique o regimento da Casa para que a pauta possa andar.

Outro assunto abordado por Barbosa foi sobre a desapropriação das terras por parte do governo. “Os movimentos sociais não serão prejudicados encima dessa desapropriação”, garantiu. Ele disse que as terras foram sendo passadas para as mãos de poucos e por isso o Estado está investigando. “Com quem está o patrimônio imobiliário de Palmas? Em que governo conseguiram essas terras? De quem tem sido a reclamação? Essas são as perguntas que faço”, questionou.

A emissão de título sobre títulos também foi questionada pelo governo. “O patrimônio imobiliário de Palmas é uma indefinição só”, disse. Segundo ele, os que serão desapropriados não estão reclamando. Foram desapropriados 806 hectares. “Quando desapropria alguém tem que reclamar e estamos esperando essa reclamação”, desafiou.

O deputado Ricardo Ayres chegou a alfinetar o deputado José Augusto do PMDB e disse que a Casa de Leis tem que defender os interesses do Estado e não de particulares.

José Augusto fez algumas ponderações sobre o assunto. Ele acusou Ayres de desvincular 100% o assunto. “Esse negócio de  dois anos para analisar capacidade técnica de entidade é balela do governo”, disse sobre a destinação de áreas para os movimentos. Ele voltou a dizer que é preciso esclarecer a participação societária da Terra Palmas. “Quem é o dono da Terra Palmas?”, disse.

Sobre as desapropriações ele disse que o decreto é o “absurdo do absurdo”. O parlamentar chegou a dizer que o governo transferir as áreas dos movimentos para as construtoras as quais chamou de “amigas de poder”.