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Estado

O Estado vive a pressão de categorias dos servidores públicos, principalmente da Polícia Civil e ainda manifestações em alguns municípios como Gurupi com relação a Saúde. Nesta quarta-feira, 11, em Gurupi servidores do Hospital Regional se manifestaram pedindo pagamento dos plantões extras e melhorias das condições de trabalho.

O assunto repercutiu ainda na Assembleia Legislativa. O deputado do PMDB, Elenil da Penha foi a tribuna na Casa de leis onde afirmou que há um movimento de manifestação popular no Estado e apontou uma crise generalizada. “A sociedade organizada, os funcionários, os alunos da Unitins, a cobrança pela segurança pública, os serviços essenciais para a população não estão ocorrendo e nós deputados somos chamados a esponsabilidade. E aqui não se trata de situação e oposição e sim de uma crise que não adianta ir para a galera como não adianta ficar numa posição contundente  e achar que tem razão”, frisou.

Elenil disse que o melhor que todos os 24 deputados podem fazer é marcar um encontro com o governador Marcelo Miranda. “Para verificarmos o que é possível avançar”, disse.

Segundo o deputado “as pessoas estão em suas casas observando nosso comportamento, as crises estão instaladas nos quartéis, na Segurança Pública, o povo está com medo”, afirmou. Sobre o posicionamento dos deputados com relação ao governo, Elenil afirmou que “a história mostrará quem são os oportunistas”, disse.

O deputado do PT, José Roberto Forzani saiu na defesa do governo e disse que a gestão está tomando pé da situação. “Talvez o quadro seja muito pior do que a gente sabia”, disse reafirmando que o governo anunciará as medidas necessárias.

O deputado Wanderlei Barbosa defendeu diálogo com as categorias de servidores por parte do governo. Ele defendeu as promoções dos militares e disse que se preocupa com a possibilidade de greve da Polícia Civil. “Os atos acontecidos no final do mandato passado ocorreram em outros governos. Aí chama atenção para uma cadeia de fatos no caso da excepcionalidade, por exemplo, no governo do PMDB, o governador Carlos Gaguim teve atitude semelhante e nós queremos que essas situações não venham desencadear prejuízo para a Polícia Militar”, afirmou.

“Não quero trabalhar na linha contrária do governo mas espero que o governo não permita que servidores que trabalharam na conquista de suas classes sejam penalizados. Não queremos que os servidores se sintam massacrados”, frisou dizendo que recebeu reclamações de alguns militares.

José Roberto defendeu que as medidas provisórias do governo anterior, que tratam de vários benefícios concedidos à categorias já caducaram. “Centenas de decisões tomadas por esta casa terão que ser anuladas. Porque usou os 30 dias quando estava numa certa posição agora já estão dizendo que não são 30 dias. Vamos deixar de oportunismo e vamos discutir a situação desse Estado ”, frisou.

Segurança

O problema na área de Segurança Pública também foi discutido na sessão. O deputado Vilmar do Detran (SD) cobrou mais segurança para impedir os assaltos aos bancos. “Daqui um dia não temos mais nenhuma agencia no Estado . Os bancos tem que fazer sua parte mas o dever maior é do poder público”, disse.

Em defesa

O deputado José Bonifácio (PR) comentou o desvio de mais de R$ 7 milhões das inscrições do concurso da Defesa Social para pagar o 13º dos servidores. “Se foi usado pra pagar décimo terceiro, foi mais bem usado do que para pagar empresa. Isso não dá problema com lei da responsabilidade fiscal porque eles não se apropriaram do dinheiro”, defendeu.