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Polí­tica

Foto: Divulgação
  • Houve um culto evangélico antes que a sessão iniciasse

O vereador Lúcio Campelo (PR) usou a tribuna da Câmara de Palmas na sessão da manhã desta terça-feira, 24, para reforçar críticas ao prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP). O vereador que era da oposição e aderiu a base do prefeito, afirmou haver uma inversão de valores nas prioridades de investimentos na capital e acrescentou não ser "baba ovo". Ele chegou a dizer ainda que o prefeito se recusou a receber os vereadores.

Não é a primeira vez que o vereador tece críticas à gestão de Carlos Amastha. O parlamentar frisou: “se o prefeito fosse o Lula, a Dilma eu estaria colocando da mesma forma. A gente está acostumado de que quem precisa de poder público é o povo necessitado, o povo carente e aqui estamos vendo uma inversão de valores. Estamos vendo as grandes obras na região central”, afirmou.

Lúcio Campelo ainda salientou não aceitar cabresto. “Espero que ele possa de fato melhorar a gestão. É o primeiro estrangeiro que governa Palmas. Não é porque sou da base e ajudo a construir que não vou apontar (erros). Tem gente que gosta de escutar só elogios. Minha avaliação é de uma gestão mediana. Percebo que a gestão caminha para terceirizar tudo. Colocando terceiros para fazer e se eximindo de responsabilidades. Não aceito cangalha de ninguém”, sustentou.

O parlamentar lembrou setores da periferia como o Setor Aerorporto e Morada do Sol - bairros do início de Palmas - onde, segundo o ele, os benefícios não chegam. “O que estou colocando é que esse benefício também chegue lá na ponta da rama. [...] Ele faz uma gestão mediana. Não tem uma obra”, reforçou o vereador, acrescentando: “Vamos ali no Parque do Povo. Tem dois anos de gestão e a obra está lá paralisada”, comentou.

Pardais

Lúcio Campelo ainda questionou que a Prefeitura de Palmas paga atualmente R$ 190 por cada suporte eletrônico de fiscalização do trânsito (Pardal) e está prestes a contratar uma empresa internacional - Perkons da Colômbia - a que fechará no valor de R$ 1.900 por cada equipamento. “E não quer que eu questione!”, pontuou. A empresa tem sede no Brasil, segundo o vereador. 

Política fiscal

Ausente desde a primeira sessão na Casa de Leis, o vereador Iratã Abreu (PSD) cumprimentou os colegas, parabenizou o presidente eleito da Casa de Leis municipal, Rogério Freitas (PMDB) e avaliou a gestão de Amastha. “Avaliando a gestão como um todo. Vejo que avançou em alguns pontos e retraiu em outros. Palmas implementou uma política fiscal agressiva e isso é preocupante”, disse o vereador.

Iratã reconheceu que a gestão de Amastha avançou na infraestrutura mas que se esqueceu da saúde. “É preciso reconhecer que a gestão avançou na infraestrutura do município, no paisagismo, no serviço de limpeza, mas a saúde foi deixada de lado, não foi prioridade”, disse. Na política habitacional, Iratã afirmou que nos dois anos de gestão, Amastha entregou o que a gestão anterior conseguiu construir junto as fontes federais. “A cada dia os cadastros de pessoas aumentam buscando moradia própria”, pontuou.

Caça às Bruchas 

O vereador Claudemir Portugal (PPS) falou da situação de proprietários de quiosques na Capital, que foram intensamente vistoriados pela Prefeitura. “Pareceu uma verdadeira caça as bruxas como se os quiosqueiros fossem uma praga. Alguns preferiram deixar aquele negócio de mão, temerosos de fazerem o investimento e Prefeitura agisse para tomar esse empreendimento”, declarou.

Claudemir disse que os quiosques que foram deixados pelos proprietários estão sendo de grande valia para os traficantes de drogas. “Eles (os quiosques) foram adorados pelos traficantes e pelos usuários de drogas. Aqueles que deixaram de usar, os traficantes estão dando risadas”, citou acrescentando: “Estão afugentando as pessoas das praças. Nós precisamos provocar a gestão. Aquela comunidade está numa situação de clemência”, disse ao se referir aos quiosques dos setores Aureny.  

O vereador Adão Índio reforçou os questionamentos do vereador Claudemir Portugal e salientou que é necessário a revitalização das praças dos Aurenys. “A gente percebe, e confesso que a gente fica com medo mesmo”, disse.