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Polí­cia

Presidente do Sinpol adianta que categoria vai parar 100%

Presidente do Sinpol adianta que categoria vai parar 100% Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Presidente do Sinpol adianta que categoria vai parar 100% Presidente do Sinpol adianta que categoria vai parar 100%

A decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça do Tocantins, Maysa Vendramini Rosal, declarando a greve dos policiais civis ilegal e determinando que os profissionais retornem ao trabalho vai completar uma semana e o Sindicato da categoria alegou ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 9, que ainda não foi citado com relação à decisão. Na decisão a desembargadora determina ainda multa de R$ 50 mil, com limite de R$ 1 milhão para o presidente do Sindicato, Moisemar Marinho.

“Nunca fomos citados até hoje, não temos conhecimento da decisão”, alegou Marinho ao Conexão Tocantins. Ele frisou que o governo estadual ainda não chamou a categoria para conversar e fazer uma proposta que satisfaça os grevistas que buscam o pagamento do realinhamento salarial de nível médio para nível superior com impacto anual de R$ 33 milhões para os cofres públicos.

Segundo o presidente o movimento grevista, que caminha para a segunda semana, está se intensificando cada dia mais. “O governo não chamou pra conversar ainda, estamos cada dia mais intensificando, a liminar só vai ter força após minha citação, por enquanto ela ainda não efeitos”, sustentou.

Marinho frisou que vai buscar uma reunião com o governo para tentar uma proposta que atenda a categoria.

Com o movimento grevista a Polícia Militar tem feito intervenções nos principais presídios do Estado. Na Casa de Prisão Provisória de Palmas – CPPP foi encontrado um túnel de mais de 10 metros que já foi concretado além de centenas de materiais ilícitos como celulares e armas artesanais. A falta de visitas por parte dos familiares também tem gerado preocupação e mobilização dos parentes dos presos que procuraram inclusive os órgãos competentes para tentar conseguir entrarem nos presídios.

A situação pode ficar pior, segundo Marinho. “Vamos tomar medidas ainda mais graves, após minha citação vamos parar tudo, até os 30%. Vamos fechar tudo, delegacias e os presídios, não vai entrar nem sair ninguém. Ou o governo senta ou vai virar uma tragédia grande em nível nacional”, chegou a dizer ao Conexão Tocantins no final da manhã desta segunda-feira.

O governo encaminhou nota e tem dito desde que saiu a decisão que está aberto ao diálogo e tem reafirmado que o Estado não tem condições de pagar o realinhamento neste momento.

Audiência Pública

Uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Tocantins nesta terça-feira, 10,  vai discutir a greve e a situação dos benefícios concedidos na gestão passada para outras categorias como a Polícia Militar. Vão participar autoridades bem como representantes sindicais.