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Polí­tica

Foto: Divulgação

O deputado estadual José Bonifácio (PR) foi á tribuna nesta quarta-feira, 11, onde deu sua versão para o episódio que aconteceu no Estádio  General Sampaio em Porto nacional onde ele chegou a se agredido. Ele negou ter agredido um policial e pediu apuração por parte do Comando Geral da Polícia Militar. O parlamentar começou dizendo que é “idoso, doente, cardiopata, safenado, operado de aneurisma”, citou o parlamentar. Bonifácio frisou ainda que tem o braço quebrado e não pode correr. “ Há muito tempo não consigo nem me curvar”, frisou ao fazer movimentos com o pescoço.

O parlamentar disse que não é capaz de agredir torcidas nem dar palavras de ordem em estádio. “Todos os jogos de Porto eu vou, na sua grande maioria assisto ao lado do deputado Toinho Andrade. Não foi diferente nesse domingo, aos torcedores que me interpelaram às vezes por gozação sempre digo o duro não é apanhar aqui o duro é perder em Tocantinópolis e nos últimos anos é só o que acontece”, pontuou.

Ele disse que após o jogo saiu junto com Toinho e ele prosseguiu com seu filho de 11 anos quando decidiu ir ao banheiro. “ Tinha um cidadão lá dentro, entrei naturalmente e voltei, na porta fui apavorado por um cidadão acompanhado por outro que parecia um guarda-roupa de tão grande”, disse ao alegar que tem limitações e falta de equilíbrio.

O parlamentar disse que foi provocado por um cidadão. “Queriam me bater e fui procurar um lugar onde eu tivesse pelo menos testemunha e o pau quebrou”, narrou.

Ele confrontou as versões do policial e negou ter xingado a torcida. “A versão maior está na filmagem, e sem palavras quando o cidadão sai da porta do banheiro, de repente, ele corre e me atinge pelas costas e me derruba, caiu junto comigo. Essa é a versão que ninguém tira porque é um filme”, frisou. Ele frisou que seu filho ouviu um dos homens dizer para o outro filmar tudo. “Sou valente e minha reação eles nunca esperavam, não posso correr, não tenho condições de brigar”, alegou.

O deputado acusou o advogado Luiz Antonio, que é conselheiro da OAB, que seria envolvido também no episódio: “ele é um batedor de mulher”. “Não tenho condições físicas de brigar com você, para tirar as diferenças tem que ser no 38 ou na faca. Sou idoso mas sou homem”, chegou a dizer.

Bonifácio pediu uma reflexão sobre o assunto e agradeceu os integrantes da Polícia Militar pela atuação após o fato. “Toda essa minha condição física valente, corajosa e cangaceira fica na interrogação nas causas que levou um cidadão que nem me conhece de vim me provocar e aproveitar de um ambiente para me quebrar”, disse.

Ele rechaçou a possibilidade da atitude do militar ser em reação ao voto contrário que o parlamentar deu contra a promoção dos policiais ano passado. “Senhor Comandante, senhor secretário da Segurança Pública, senhor governador e o presidente da Assembleia onde está a minha segurança? Preciso eu andar agora cercado de guarda-costas? Que coragem tenho eu hoje de entrar no banheiro da Assembleia, de um estádio, de um teatro, pelo exercício de meu voto eu tenho o direito de votar até contra”, frisou.

O parlamentar disse ter certeza que a Polícia Militar não concorda com agressão. “A não ser aqueles que já estão de pijama e que seus objetivos não são mais militares e sim eleitores como o ex-comandante da Polícia Militar (Coronel Benício)”, disse.

Repercussão

O presidente da Casa, Osíres Damaso solicitou que o Comando da Polícia Militar possa apurar os fatos ocorridos em Porto Nacional.

O deputado Toinho Andrade disse que não sabe realmente o que aconteceu. “Foi um caso isolado, sei que a torcida e o povo de Porto é ordeiro. O deputado sabe do respeito que a torcida tem a ele”, afirmou ao acrescentar que a agressão ao deputado foi isolada. Toinho pediu desculpas em nome à torcida de Porto Nacional.  

Paulo Mourão (PT), que também é de Porto Nacional, também lamentou o ocorrido. "Nas filmagens o deputado só não foi massacrado porque populares entraram na defesa. Onde estava a segurança do evento?", questionou.

A deputada Amália Santana (PT) se solidarizou com o parlamentar e lamentou o ocorrido.