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Estado

Foto: Divulgação

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Uma parceria entre a Secretaria Estadual da Defesa e Proteção Social (Sedeps) e o Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDH-Palmas) vai possibilitar a reeducandos do Sistema Semiaberto da Capital a profissionalização em restauração e conservação de móveis antigos, um mercado que, de acordo com a educadora social e restauradora Maria do Socorro Pereira dos Santos, que será a instrutora do curso, está em plena expansão e necessita de profissionais qualificados.

Na manhã da última segunda-feira, 25, a titular da pasta Gleidy Braga, com integrantes de sua equipe, visitou a Unidade de Regime Semiaberto (URSA), em Palmas,  para apresentar aos reeducandos o projeto de qualificação profissional, cujas aulas estão previstas para serem iniciadas na primeira semana de junho próximo. “Nós sabemos o quanto a profissionalização é indispensável para a reinserção social, e à medida em que vamos firmando parcerias, podemos  ofertar a essa população as oportunidades, que serão aproveitadas de acordo com as aptidões individuais e o mercado de trabalho” disse a secretária.

A duração do curso será de seis meses, com aulas semanais de quatro horas para uma turma de até 25 alunos. As ferramentas serão cedidas pela instrutora e os materiais como lixas, vernizes, tintas e outros, serão adquiridos em parceria entre o CDH e a Sedeps. “Sabemos que Palmas é uma cidade jovem em que não existem antiquários ou um comércio especializado em móveis de época, o que faz com que as pessoas às vezes se desfaçam de uma peça valiosa, de família, por falta de um profissional que possa restaurar. Nosso objetivo é ocupar esse espaço, qualificando pessoas que estão ociosas e que, ao término do período de privação de liberdade, possam ter garantida uma vaga de trabalho formal ou, até mesmo, abrirem seu próprio negócio como empreendedores individuais”, esclarece a gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e do Egresso, Odina Marques Cardoso.

Busca por vagas

Atualmente a URSA de Palmas conta com 93 reeducandos em regime de semiliberdade, dos quais 34 estão sem emprego. Com vistas a atender esse público, foi firmada parceria entre a Sedeps e o Sistema Nacional de Emprego (Sine-TO), em que os técnico do órgão estão entrevistando e traçando o perfil individual de cada reeducando e fazendo visitas domiciliares para identificar a tipicidade das famílias.

“Nosso objetivo é contribuir com a Sedeps para acabar com ociosidade, ao mesmo tempo em que buscamos inserir aqueles que têm um ofício, uma habilidade, no mercado de trabalho, para que eles possam atender necessidades básicas e até mesmo contribuir com as despesas da família”, afirma a diretora do Sine-TO, Suamir Freitas.