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Estado

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra no Estado do Tocantins se soma à segunda Jornada Nacional de Luta do MST nesta segunda-feira, 03, denunciando a paralisação da Reforma Agrária no País e também contra o ajuste fiscal imposto pelo Governo Federal que reduziu ainda mais os recursos destinados para reforma agrária este ano. 

Em Palmas o MST afirmou que pretende ocupar a Secretaria da Fazenda. A ação tem como objetivo chamar atenção também do Órgão no Estado sob falta de políticas públicas sociais no campo.  

Segundo Bandeira, da coordenação estadual do MST, o movimento volta a denunciar a paralisação da Reforma Agrária no País com a realização de uma segunda jornada de lontra o ajuste fiscal do governo, que cortou quase 50% dos recursos da Reforma Agrária - de R$ 3,5 bilhões sobraram apenas R$ 1,8 bilhão.

No Tocantins o MST denuncia o que chamam de "falta de políticas públicas voltadas para os camponeses, a legalização da grilagem de terra feito pelo Itertins em terras da União, a exploração irregular das terras do Projeto Sampaio por alguns fazendeiros da região do Bico do Papagaio, a criminalização dos movimentos e das lutas sociais por parte dos Órgãos de segurança do Estado entre outros".  Segundo o movimento, o ajuste fiscal do Governo Federal ameaça estagnar ainda mais o processo da Reforma Agrária no País, "pois sem orçamento não há como o governo cumprir o compromisso político, assumido no início deste ano, de assentar mais 120 mil famílias Sem Terra acampadas no Brasil", afirma o movimento em nota. 

Para o MST do Estado, a política econômica do Governo Federal coloca em risco a conquista de direitos dos trabalhadores, pois corta recursos financeiros da reforma agrária e da classe trabalhadora para seguir injetando dinheiro no capital financeiro e nas transnacionais, beneficiando a elite brasileira. "Não podemos ficar ao lado do ajuste fiscal. Nosso compromisso é com o povo. Exigimos o assentamento de todas as famílias acampadas. Temos famílias há mais de 10 anos debaixo da lona preta e que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio. É preciso que o governo elabore um Plano de Metas para assentar no mínimo 50 mil famílias por ano, no período de 2016-2018", alega o movimento. 

A ação do MST que está sendo realizada em todo País e durante toda essa semana todos os estados estarão mobilizados em luta permanente em defesa da pauta da classe trabalhadora camponesa.