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Campo

Foto: Alaides Cardoso

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) apresentou na comunidade Francisco Galvão, em Palmas, um estudo sobre a produção da mandioca no Estado nos últimos cinco anos. Os dados foram apresentados no sábado, 29, durante o Dia Técnico da Cadeia Produtiva da Mandioca.

Na apresentação, o extensionista e engenheiro agrônomo, Marlos Afonso, por meio de gráficos, mostrou o levantamento feito pelo Ruraltins sobre a área plantada e a produtividade da cultura nos últimos anos. Segundo o extensionista, em 2010 a área cultivada era de 17.350 hectares com uma produtividade de 16.424 kg/ha.  

Ainda segundo Marlos Afonso, em 2012 a produtividade subiu para 17.350 kg, com uma pequena queda na área plantada. Em 2013 a área plantada chegou a 9.800 ha, porém a produtividade continuou no mesmo patamar. “De 2011 até agora vimos que houve uma queda na área plantada, no entanto, é importante destacar que a produtividade continuou em crescimento. Isso demonstra que o produtor está conseguindo ter uma boa produtividade em uma área menor. Os dados comprovam ainda que a assistência técnica e a pesquisa foram fundamentais para esse desempenho”, frisou o extensionista.

De acordo com o engenheiro agrônomo, a extensão rural é um fator primordial para o desenvolvimento da agricultura familiar, pois é por meio dela que o conhecimento e as novas tecnologias chegam até o produtor. “É esse o papel da extensão rural, fazer o levantamento das demandas, levar para a pesquisa, transformar em tecnologia e levar esses conhecimento para o produtor rural”, disse.

Caso de sucesso

O produtor Paulo Renato Rezende começou investir na cadeia da mandioca em 2001.  Em uma área de dois alqueires ele cultiva 14 variedades da mandioca de mesa. Proprietário de uma pequena agroindústria, sua produção é comercializada em Palmas e municípios vizinhos.

Segundo o produtor, a procura pela mandioca no mercado é grande, e, para atender a demanda é preciso comprar a produção de outros agricultores.  “Hoje estamos trabalhando com uma das variedades da mandioca, a cacau melhorada, que tem uma aceitação muito boa. Já na próxima safra, vamos entrar com outras espécies no mercado”, acrescentou.

Ainda conforme o produtor, a mandioca é uma cultura em que o pequeno produtor tem retorno rápido. “Hoje para o pequeno produtor acredito que não haja outra cultura melhor do que a mandioca. O cultivo é fácil, rápido e muito rentável, além de muito saudável”, afirmou o produtor.  

Paulo Renato acrescenta que para conseguir a boa produtividade e a qualidade do produto foi preciso ter o acompanhamento da assistência técnica. Em sua propriedade há uma unidade demonstrativa onde está sendo pesquisada qual a mandioca de melhor aceitação no mercado. “Sempre tivemos a parceria do Ruraltins, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e agora da Embrapa. É interessante buscar orientação para começar certo e crescer. Com a orientação é bem melhor”, destacou.

Dia Técnico

Além de palestras sobre a cultura da mandioca o evento contou ainda com degustação de petiscos à base do produto preparados pela extensionista do Ruraltins, Ana Luiza Lobo. Participaram estudantes, técnicos e produtores rurais, totalizando aproximadamente 200 pessoas.

O Dia Técnico da Cadeia Produtiva da Mandioca foi promovido pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural (Seder), e órgão parceiros, como o Ruraltins. A ação fez parte do encerramento das atividades do projeto Agosto Verde, que teve como objetivo promover uma agenda verde, com foco na conservação do meio ambiente, nas unidades agrícolas, na pecuária lucrativa e na criação de comunidades agrícolas prósperas, por meio de oficinas e dias técnicos junto aos produtores rurais da Capital.