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Educação

Foto: Divulgação

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Após avaliarem como inconsistente a proposta de negociação da Prefeitura de Palmas, professores deflagraram greve nesta quarta-feira, 30/09, em assembleia geral. Na ocasião, a categoria reuniu-se para discutir e avaliar a contrapartida apresentada pelo Executivo Municipal às suas reivindicações.

Para o professor do CMEI Contos de Fada, Francisco Gardel, as respostas do município, enviadas por meio de ofício ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), não correspondem ao que alunos e profissionais precisam. “Nenhuma das nossas pautas foi atendida. O que nós vemos é a inexistência de respeito com a educação, não só com os professores”, disse.

Ainda segundo ele, na unidade educacional em que trabalha, não há condições de trabalho necessárias. “Nós improvisamos muitas coisas em sala de aula devido à falta de amparo legal e estrutura suficiente, como é o caso da climatização. O ar condicionado existe, mas não é ligado”, completou.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet), as respostas enviadas pelo Executivo Municipal às reivindicações, como fim da meritocracia e do Projeto Salas Integradas, eleição de diretores, reajuste do custo-aluno, climatização efetiva das salas de aula entre outras, não atendem às necessidades da educação palmense. Em debate com a categoria em assembleia, foi decidido que a partir da próxima quarta-feira, 07/10, haverá paralisação por tempo indeterminado.

Na oportunidade, o vereador professor Júnior Geo (Pros)esteve presente para apoiar os professores.  Para o parlamentar, a luta dos professores é válida, uma vez que eles estão reivindicando educação de qualidade para toda a sociedade. “Os professores precisam ser ouvidos. Quando não há diálogo e compromisso com o segmento, que é a base da cidadania, é preciso de fato se movimentar e lutar por isso”, enfatizou.

Visitas a escolas

Geo tem visitado Unidades Educacionais de Palmas para ouvir os profissionais, verificar demandas e posteriormente sugerir soluções formais na Câmara Municipal.  Na tarde da última terça, 29/09, o vereador esteve no Anexo I do CMEI Pequeno Príncipe.

Presidente regional 

O presidente regional do Sintet, Joelson Pereira dos Santos, afirmou em entrevista ao Conexão Tocantins que a greve é por tempo indeterminado e reflete a omissão da gestão em atender a pauta de reivindicações dos educadores. Segundo Joelson, o que impulsionou ainda mais a deflagração da greve foram práticas autoritárias e repressivas do secretário que responde a pasta da Educação, o Danilo de Melo Souza. “Colocou técnicos e diretores para tentar amedrontar e intimidar os professores nas escolas”, afirmou.

Joelson Pereira explicou que o Sintet realizou assembleia no dia 15 deste mês, construiu uma contraproposta e no dia 16 pela manhã protocolou no gabinete do prefeito Carlos Amastha. Segundo Joelson, o prefeito se limitou a dizer que, quem era o responsável por atendê-los era o secretário da pasta. De acordo com Joelson, já nessa terça-feira, 29, o secretário encaminhou proposta sem atender as pautas exigidas. “Não acrescentando nada e tentando confundir a categoria jogando dados vazios, sem sustentação”, afirmou

De acordo com Joelson, dos mais de 1.800 professores presentes em assembleia, 85% votaram a favor da greve. O presidente regional do Sintet disse que a condição para que os professores retornem às aulas é o executivo atender a pauta da categoria, "informando item por item como e quando vai nos atender”, concluiu. (Matéria atualizada às 17h31min)