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Economia

Os artesãos indígenas e os empresários da praça de alimentação da Feira Mundial de Artesanato Indígena já contabilizam ganhos expressivos. Os empreendedores expositores da feira, que é promovida pelo Sebrae Tocantins, já alcançaram cerca de R$ 300 mil em negócios. A estimativa da organização é atingir R$ 400 mil até o final do evento, que se encerra sábado, dia 31 de outubro. A feira acontece dentro da Vila dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas.

De acordo com Magvan Botelho, analista técnica do Sebrae Tocantins e coordenadora geral da feira, a arte e a cultura indígena despertam muito interesse e admiração das pessoas e de empresários. “Mais de 10 lojistas de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife já vieram à feira comprar o artesanato indígena em atacado”, contou Magvan Botelho, acrescentando que os empresários ressaltaram a importância de eventos como esse que reúnem em um mesmo lugar o artesanato indígena de várias partes do Brasil e de outros países.

“A feira foi uma experiência maravilhosa. Uma grande oportunidade, porque é muito difícil encontra-los (indígenas). Com o acesso facilitado ajuda muito”, afirmou a empresária da Fuchic Anny Darcikijan, de São Paulo. Segundo a empresária, a ideia é inserir e valorizar a cultura e arte indígena. “Trabalhamos direcionados para o público de Classe A, com profissionais de áreas ligadas à arte e design, como por exemplo, arquitetos”, detalhou Anny.

As índias do Acre, Edna Carlos Brandão, da etnia Shanenawa, e Dilvanir Justino, da etnia Apurinã, também comemoram o sucesso de vendas. “As pessoas gostam do nosso trabalho porque é diferenciado”, explicou Edna, ressaltando o apoio que recebe do Sebrae desde 2002 naquele estado.

Do Amazonas, o índio José Garcia, da etnia Koripako, já comemora as vendas e a oportunidade de participar da feira. "Recebemos apoio do Sebrae para estar aqui e graças a Deus estamos vendendo muito. No primeiro dia, vendi tudo. E mandei enviarem mais", contou ele.

Público

Mais de 33 mil pessoas já estiveram na Feira Mundial de Artesanato Indígena, nos cinco primeiros dias de evento. “O expressivo número de negócios evidencia a grande visitação na Feira. Essas 33 mil pessoas registradas em nosso sistema geraram mais de 105 mil visitações, ou seja, são visitantes que entraram na Feira Mundial de Artesanato Indígena e retornaram mais de uma vez. Isso significa que gostaram da proposta oferecida pelo Sebrae”, explicou Magvan Botelho.

A analista técnica contou que grande parte dos indígenas já vendeu todo o seu estoque de atacado e varejo. “Como zeraram o estoque, essas etnias deram lugar a outras aldeias e povos nacionais e estrangeiros nos seus stands”, disse.

Para a expositora no segmento de gelados comestíveis Ailde Macedo, o evento tem gerado para o seu empreendimento um lucro que varia de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil por dia. “Minha média diária é de 700 unidades de geladinhos. As vendas superam e muito minhas expectativas, mas foi uma surpresa boa. Tenho aplicado aqui as orientações técnicas que o Sebrae me passou através das consultorias em segurança alimentar, gestão e desing”, comemorou a empresária que está com seu estande na praça de alimentação da feira, chamado de Café Cultural.