A Prefeitura de Palmas contratou a empresa A Empresa J M A de Souza ME, CNPJ n° 07.572.089/0001-00 cujo sócio é Maciel Souza, ex-servidor da Agência de Turismo do município, para realização dos shows que ocorrerão no mês de fevereiro na capital, no evento Palmas Capital da Fé.
O valor a ser pago supera os R$ 300 mil reais e consta no Diário Oficial de Palmas da última quarta-feira, 13, sob o número 1.420. Entre os cantores que Maciel Souza contratou consta o nome da sua esposa Lorena Rosa, que ainda não possui CDs gravados e não possui notoriedade no cenário Tocantinense.
A empresa ainda é responsável pela contratação da cantora gospel Cassiane, Ministério Adoração e Vida, cantor Tony Allysson, Banda Rosa de Saron. Se por um lado o ex-servidor da Agência de Turismo contratou a esposa para se apresentar, mesmo não tendo notoriedade artística, por outro, ele deixou de contratar a cantora tocantinense Rosilene Martins, ganhadora do Disco de Ouro em 2015 pela venda de mais de 50 mil cópias de CDs; ela não figurou na lista dos cantores do evento evangélico.
Rosilene foi a primeira cantora Gospel Tocantinense e da Região Norte do País, a participar do maior Congresso de Missões “Gideões Missionários da Última Hora” em Camboriú/SC, onde representa o Tocantins há mais de 10 anos. Também participou do “Prêmio Multishow 2013″, da música Brasileira, realizado pela rede Globo. Foi secretária da OMB/TO (Ordem dos Músicos Brasileiros do Tocantins) e participante do Livro: Mulheres do Tocantins "As personalidades mais brilhantes do Estado". Em 2014 conquistou também “O Troféu Imprensa do Brasil” como melhor cantora gospel Tocantinense.
Meio Político
O assunto repercute também no meio político e o vereador da oposição, Lúcio Campelo (PR) afirmou ao Conexão Tocantins nesta terça-feira, 19, que vai solicitar ainda hoje cópia dos processos na Agetur. “Estou encaminhando oficio para secretaria de turismo, vamos analisar procedimentos e encaminhar para o Ministério Público investigar”, frisou.
O parlamentar questionou a dispensa de licitação para a realização da festa. “Dispensa de licitação é em casos de extrema necessidade social, o que não é o caso”, disse. Segundo ele ainda a prefeitura priorizou parentes deixando de lado os artistas da terra. “É simplesmente um ato de má gestão e inclusive algumas igrejas não vão participar em razão desse tipo de ato. Não precisava colocar uma situação vexatória dessa”, disse.