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Campo

Foto: Fernando Alves

Seu Alonso Bonfim de Lemos saiu da Bahia, com os pais, há 62 anos, com destino a Mateiros. Ele tinha apenas dez anos de idade. Hoje, com 72 é dono de 219 hectares de terra, distante seis quilômetros da cidade.

Morando atualmente na cidade, só vai à sua gleba de terra por diletantismo, por mero prazer de observar a paisagem  que ele ajudou a preservar durante décadas. Seo Alonso conta com alegria que é um “cidadão”legalizado”. Com o título do CAR nas mãos, gosta de andar em dias com as suas obrigações. “É bom está com tudo certo, porque amanhã você querer vender a terra e não tem nada que impeça”, explica. 

Para Waldenor Barbosa e Silva, um dos que fizeram também o Cadastro Ambiental Rural (CAR), com a inscrição no programa, sua terra fica “mais segura, ninguém toma”. Nascido e criado em Mateiros, Waldenor, com 55 anos de idade, mora em sua propriedade de 54 hectares. 

Lá, ele cria 20 cabeças de gado e galinhas e planta arroz, mandioca, milho e feijão, para o consumo próprio. “Todo ano pago, regularmente, o ITR (Imposto Territorial Rural), diz com certo orgulho. 

O CAR, de uma forma geral, vai possibilitar que o Estado conheça os ativos e passivos ambientais em relação às reservas legais, Áreas de Preservação Permanentes (APPs), além de regularização da terra. 

A partir de 2017, o produtor que não tiver o CAR não consegue acessar créditos rurais. Portanto, adverte a gerente do programa, Maria Amélia Maciel, o produtor que fizer seu cadastro dentro do prazo terá todos os seus direitos resguardados, “e àqueles que tiverem algum passivo ambiental será dado um prazo para a recuperação dessas áreas, sem sofrer multas ou outras penalidades, desde que se comprometam com a recomposição da área degradada”.