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Estado

Foi lançada uma publicação pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro que revela que as regiões Norte e Nordeste tiveram o maior ritmo de crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do País entre 2000 e 2010. Assim, a disparidade com as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste foi reduzida. Os dados são dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1991, 2000 e 2010 e estão disponíveis para consulta no site do Atlas do Desenvolvimento Humano.

A publicação Desenvolvimento Humano nas Macrorregiões Brasileiras traz o cálculo do IDHM das regiões do país, comprovando que todas as macrorregiões brasileiras estão situadas nas faixas de médio ou alto desenvolvimento humano. É o registro de uma evolução considerável em relação a 1991, quando todas estavam nas faixas de baixo ou muito baixo desenvolvimento humano.

Os dados mais recentes evidenciam que a região Sudeste tem o maior IDHM do País, com valor de 0,766. Em segundo lugar está a região Centro-Oeste, com IDHM de 0,757, praticamente empatada com a região Sul, terceira colocada, com IDHM de 0,754. As regiões Norte e Nordeste ainda têm os menores IDHM do País, com 0,667 e 0,663, respectivamente.

Avanços diferentes

Os avanços em termos de desenvolvimento humano não foram os mesmos para todas as regiões, no entanto. Os dados mostram que entre 1991 e 2000 cresceram em ritmo mais acelerado as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, enquanto as regiões Norte e Nordeste foram as que tiveram crescimento mais acelerado entre 2000 e 2010.

Essa diferença de ritmo de crescimento fez com que a desigualdade entre as regiões, considerando somente o IDHM, fosse mantida entre 1991 e 2000 e tivesse uma redução acentuada na década seguinte. A diferença entre a macrorregião brasileira com IDHM mais alto (Sudeste) e a com IDHM mais baixo (Nordeste), registrou um leve aumento entre 1991 e 2000, passando de 0,156 para 0,160. Já entre 2000 e 2010, a diferença entre as duas regiões caiu para 0,103.

Resultados devem ser analisados com cuidado

A análise das macrorregiões, no entanto, deve ser realizada com cautela, pois as desigualdades internas são, muitas vezes, mascaradas pelas médias, dando a falsa impressão de que os Municípios, estados e as próprias regiões são homogêneos. (CNM)