A dispensa de professores sem aviso prévio motivou indignação na Câmara de Palmas. Na sessão desta quinta-feira, 05, vereadores da oposição comentaram a situação dos profissionais que ao chegarem nas escolas na manhã dessa quarta-feira, 04, foram informados que tiveram seus contratos de trabalho cancelados e surpreendidos com outros profissionais assumindo suas funções.
O vereador Júnior Geo (PROS) considerou a situação “um desrespeito aos professores” e criticou a postura do secretário municipal de Educação, Danilo de Melo, que em entrevista justificou que os professores foram substituídos por não cumprirem suas funções adequadamente. Para parlamentar, o secretário valeu-se de uma inverdade para “justificar um ato irregular, para justificar a má gestão”.
“A Prefeitura fez seleção para contratar essas pessoas”, lembrou Lúcio Campelo (PR) questionando quem seria incapaz, “o secretário Danilo que fez a prova ou os professores que foram aprovados”.
Campelo considera o cancelamento dos contratos irregular, uma vez que um decreto publicado pela Prefeitura de Palmas determina que a extinção dos contratos deve ser comunicada com a antecedência de 30 dias, o que não foi respeitado na liberação dos professores, prevendo ainda a penalização dos gestores que descumprirem o decreto.
“Quem vai ser penalizado?!”, indagou Campelo. Na opinião do vereador, a extinção dos contratos trata-se de “um ato ilegal do prefeito. Ele descumpre um decreto assinado por ele mesmo”.
O parlamentar Milton Neris (PP) expressou seu repúdio pela injustiça contra os profissionais e salientou que a intenção da Secretaria de Educação é atender a indicações políticas.
No total, foram dispensados 28 professores que tinham assinado contratos para trabalharem de 1º de fevereiro até o dia 14 de dezembro de 2016.
Gastos com o lixo
O aumento das despesas com o serviço de coleta de lixo foi apresentado durante a sessão pelo vereador Milton Neris. Conforme o parlamentar, a gestão duplicou as despesas com a coleta, de R$ 1,6 milhão, valor do contrato anterior, para os atuais R$ 3 milhões mensais que estão sendo pagos à empresa Valor Ambiental.
Neris afirmou que o acréscimo da despesa não se justifica uma vez que o crescimento populacional da cidade foi de apenas 7 mil moradores nos últimos anos. Ao mesmo tempo, explicou que a empresa responsável pelo serviço de coleta de lixo ampliou a tabela de varreção de 10 para 17 quilômetros, 70% a mais que o contrato anterior.
“O que aumentou em Palmas em termos de quadras para que a varreção chegasse a esse número”, perguntou. “Aí o povo de Palmas não aguenta, não aguenta”.