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Cultura

Durante dois finais de semana o Cine Sesc Gurupi irá realizar uma sessão especial com os filmes do Sesc Amazônia das Artes. As exibições acontecerão em dois finais de semana (de 6 a 8 e de 13 a 14 de maio), sempre às 16h e 19h. A entrada é gratuita.

Nesta sexta-feira, 6, serão exibidos, às 16h, os filmes Arqueiros (RR) e Labirinto de Papel (TO). O tocantinense “Labirinto de Papel” abre a mostra no Amazônia das Artes. Dirigido por André Araújo e Roberto Giovannetti, a obra mostra um grupo de pesquisadores que percorre o Tocantins atrás de histórias esquecidas da ditadura militar na região pertencente, à época, ao Norte de Goiás. Já o roraimense “Arqueiros” aborda jovens da etnia indígena Macuxi participando de oficinas de produção para arco e flecha e técnicas de arquearia indígena. Devido à proximidade da comunidade com a capital do estado, Boa Vista, os indígenas cresceram fortemente impactados pela cultura urbana e buscam resgatar suas origens. Direção de Thiago Briglia.

Já às 19h será a vez de A Rosa (AP) e Chiaroscuro (MA). A Rosa, dirigido por Dominique Allan, apresenta a história de Carlos, adolescente surdo que enfrenta dificuldades de se relacionar com os outros e sofre bullying e discriminação pela surdez. Diante disso, a trama mostra os dilemas vividos por portadores de deficiências na sociedade brasileira. Já em Chiaroscuro, Daniel Drummond dirige uma história de poder entre dois objetos, um branco e outro escuro, tentando conquistar a única fonte de luz disponível no ambiente. Quem leva a melhor nessa briga?

No sábado, 07 de maio, será a vez dos cinéfilos assistir aos filmes Ele Sempre Esteve Certo (MT) e Ribeirinhos do Asfalto (PA) às 16h, e Encantada do Brega (PA), S3TART – Doomer (PI) e A Rua – O Corpo Urbano (AM) na sessão das 19h. A diretora Jorane Castro narra o desejo de Deisy, moradora na ilha do Combu, no paraense “Ribeirinhos do Asfalto”.  A ilha fica de um lado do rio e na outra margem está Belém, capital do Pará. Seu maior desejo é morar na capital, encantada com as luzes que vê. Para tentar realizar o sonho, Deisy conta com o apoio da mãe, interpretada por Dira Paes, para botar em prática um plano.

O mato-grossense “Ele Sempre Esteve Certo” também aborda questões indígenas. Isabel e a família saem de Cuiabá e viajam para a casa da avó, no interior. Lá, ela conhece o indígena Raoni e se apaixona por ele, mesmo sabendo que se tratava de um “amor de verão”. Dirigido por Luiz Marchetti.

O amazonense “A rua – O corpo urbano” trabalha a música negra em suas diversas vertentes, reunindo festa, dança e ocupação do espaço urbano, em uma grande atividade de celebração do Hip Hop. A obra é dirigida pela produtora Picolé da Massa. A temática da arte de rua também é assunto do diretor piauiense Francisco Crispim em“S3TART- Dommer”que traça um panorama da arte do grafite, colagem e outras subculturas urbanas do nordeste brasileiro e de todo país. Já o diretor Leonardo Augusto ressalta alguns elementos da cultura paraense, como o açaí e as festas de aparelhagem em “Encantada do Brega”. Em uma versão moderna de Cinderela, Stephanny é uma batedora de açaí que sonha em estar em uma dessas festas e ouvir o famoso tecnobrega. No entanto, sua madrasta e as meias-irmãs a impedem, obrigando-a a adulterar a fruta e enganar a vizinhança. A situação muda quando acontecimentos mágicos enchem a vida da protagonista de brilho e música.

No dia 08 de maio, domingo, acontecerá uma sessão dupla com os filmes tocantinense “Ouça-Me” e o mato-grossense “Licor de Pequi”. No drama de André Araújo e Roberto Giovannetti, Roberto é um motorista de ônibus que está prestes a enfrentar uma grande mudança na sua vida (problemas auditivos) e vai, com ajuda da família, resgatar os sons perdidos da sua história em busca de um sentido novo para a vida. Por último, Licor de Pequi é construído por três gerações de mulheres distintas que habitam o centro histórico de uma cidade e têm em comum a vivência da palavra e da comunicação: uma senhora com boa memória, mas com dificuldade de expressá-la em conceitos; uma jovem poetisa que as busca para escrever seus poemas e uma menina em fase de alfabetização que está descobrindo o mundo das palavras. A interação entre elas vai transformar o caminho de cada uma, em um trabalho da diretora Marithê Azevedo.

A programação se repete no final de semana entre os dias 13 e 15 de maio.

Confira a programação especial do Amazônia das Artes no CineSesc Gurupi:

06 e 13 de maio – Sexta-feira

16h - Arqueiros (RR) e Labirinto de Papel (TO)

19h - A Rosa (AP) e Chiaroscuro (MA)

07 e 14 de maio - Sábado

16h - Ele Sempre Esteve Certo (MT) e Ribeirinhos do Asfalto (PA)

19h: Encantada do Brega (PA), S3TART – Doomer (PI) e A Rua – O Corpo Urbano (AM)

08 e 15 de maio - Domingo

16h e 19h - Licor de Pequi (MT) e Ouça-Me (TO)